Medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, têm causado efeitos colaterais graves, como lesão renal e inflamação no fígado, em alguns casos de forma irreversível.
Diante desse fato, eu me pergunto: onde estão os Conselhos de medicina que não orientam seus membros? Quando o fazem, é sempre através de notas ambíguas em que admitem a “inexistência de eficácia comprovada” e em seguida reconhecem os efeitos colaterais graves, provocados por esses medicamentos que integram o tal “Tratamento Precoce”. Ora, se eu tenho um medicamento que, depois de mais de um ano de pandemia, ninguém no mundo conseguiu provar sua eficácia, por mínima que fosse, e, ao mesmo tempo, pululam as evidências dos seus graves efeitos colaterais, qual a razão de ainda permitirem seu uso para esse fim?
Essa semana, a plataforma Facebook bloqueou, por 30 dias, o perfil de um médico feirense, por considerar mentira o conteúdo da postagem em que ele defende a eficácia do tratamento precoce. Acontece que ele repete insistentemente essa afirmação, há meses, inclusive gravou comercial, em que defende a cura para a Covid-19, veiculado em várias emissoras de rádio da cidade. É incompreensível para mim que a única reprimenda tenha partido do Facebook, visto que estamos diante de uma pandemia que já matou 330.000 brasileiros.
Longe de querer lançar os conselhos ao papel de Judas, neste Sábado de Aleluia, sirvo-me, no entanto, do meu parvo conhecimento para identificar certa semelhança entre seu comportamento e a decisão adotada pelo então Governador da Judeia, Pôncio Pilatos, que há 1988 anos “lavou as mãos” e decidiu atender ao apelo de uma multidão de fariseus. Assim o fazem os Conselhos de Medicina, lavam suas mãos na bacia da ética médica e acatam o arbítrio dos “precoceiros”.
Por Robson Brito
Mín. 17° Máx. 29°
Mín. 18° Máx. 27°
Chuvas esparsasMín. 16° Máx. 27°
Tempo nublado