Feira de Santana abre triagem para cirurgia de redução de mama gigante (gigantomastia)

A Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Fundação Hospitalar, abriu vagas para triagem de mulheres interessadas na cirurgia de redução de mama gigante, conhecida como gigantomastia. A triagem será realizada no dia 1º de novembro, no Ambulatório de Saúde da Mulher, localizado na Rua Cate Té, próximo ao Hospital da Mulher.

A cirurgia é destinada a pacientes que apresentam mamas excessivamente grandes, o que pode causar desconforto físico e impacto emocional. O procedimento é gratuito, oferecido pelo SUS na estrutura da Fundação Hospitalar.

Foto: Onildo Rodrigues 

“É importante reforçar que essa não é uma cirurgia estética. A gigantomastia é um problema de saúde pública que afeta diretamente a qualidade de vida de muitas mulheres”, explicou a presidente da Fundação Hospitalar, Gilbert Lucas.

Critérios para participar da triagem:

Ser maior de 18 anos;

Ter mamas com peso superior a 4 kg;

Comprovar residência em Feira de Santana;

Estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Os documentos necessários no dia da triagem são:

Documento de identidade com foto;

Cartão do SUS;

Comprovante de endereço;

Exames anteriores (se houver).

Etapas do processo

A triagem ocorre em três fases:

Avaliação inicial com o médico do programa, Dr. César Kelly;

Visita domiciliar da assistente social para confirmação dos dados;

Exames médicos como eletrocardiograma, mamografia e exames de sangue – todos realizados gratuitamente pela Fundação.

“É fundamental que as pacientes forneçam dados corretos, pois há casos em que a equipe social não consegue contato ou localizar a paciente”, alerta Gilbert Lucas.

Na última edição, foram triadas 419 mulheres, com 98 selecionadas para cirurgia. Nem todas que participam da triagem são aprovadas, devido aos critérios rigorosos.

Transformações reais

Mais de 400 mulheres já foram beneficiadas desde o início do programa, que traz melhorias significativas para a saúde física e emocional das pacientes.

“Tivemos casos de pacientes que precisaram reaprender a andar após a cirurgia, devido ao peso excessivo das mamas. Outra paciente, pela primeira vez, teve coragem de ir à praia. São histórias que mostram a importância desse projeto”, destaca a presidente.

Atualmente, são realizadas quatro cirurgias por mês, e as selecionadas na próxima triagem serão atendidas nos próximos dois anos.

“Queremos manter e ampliar esse programa que representa dignidade e qualidade de vida para muitas mulheres”, conclui Gilbert Lucas.