As exportações de café do Brasil para os Estados Unidos despencaram 46,6% entre os dias 1º e 25 de agosto de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados preliminares do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No total, foram embarcadas apenas 193,9 mil sacas de café para o mercado norte-americano, tradicionalmente um dos principais destinos do produto brasileiro.
A forte queda ocorre após a entrada em vigor, no início de agosto, da nova rodada de tarifas comerciais anunciadas pelo governo de Donald Trump. O café brasileiro passou a ser taxado em 50%, como parte do chamado tarifaço implementado pela Casa Branca. A medida faz parte da estratégia protecionista do presidente norte-americano, que busca incentivar a produção interna, mesmo de itens que não têm viabilidade agrícola no país.
No entanto, há possibilidade de recuo parcial. Em entrevista à CNBC no fim de julho, o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que produtos “incapazes de crescer em solo americano” podem ser isentados das novas tarifas. Segundo ele, entre os itens que estão sendo avaliados para isenção estão café, cacau, manga, abacaxi e alguns recursos naturais. Lutnick não especificou quais países poderiam ser beneficiados por eventuais exceções.
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