O Dia do Bancário, celebrado nesta quinta-feira (28), trouxe à tona tanto o orgulho pela trajetória da categoria quanto os desafios enfrentados pelos trabalhadores, como fechamento de agências, adoecimento e automatização do setor. Em Feira de Santana, essas questões refletem diretamente na rotina de empresários e clientes.
Segundo o sindicato local, os bancários no Brasil possuem a maior convenção coletiva da América Latina, garantindo ampla proteção jurídica. “Somos a categoria que resistiu e conquistou direitos ao longo de 100 anos, com greves e mobilizações históricas”, afirmou Eritan Machado, representante da entidade.
O cenário atual, no entanto, apresenta desafios significativos: fechamento de agências, demissões e aumento do adoecimento entre os trabalhadores. Apenas em Feira de Santana, neste ano, uma agência do Itaú foi fechada, somando-se a encerramentos anteriores de unidades do Santander e Bradesco. Nacionalmente, mais de 140 agências foram encerradas nos últimos anos.
“Apesar do lucro gigantesco dos bancos o Itaú, por exemplo, lucrou mais de R$ 40 bilhões no ano passado , eles fecham agências, demitem funcionários e a qualidade do atendimento ao cliente não melhora”, destacou Machado.
O fechamento de agências e a percepção de instabilidade financeira têm levado empresários a retirar grandes quantias em dinheiro. Em um caso recente, um empresário de Feira de Santana sacou R$ 11 milhões de uma agência, demonstrando a preocupação do setor produtivo em garantir liquidez para seus negócios.
Outro desafio apontado é a automatização do setor, com aumento de máquinas e redução de funcionários. “A tecnologia deve estar a serviço do trabalhador e do cliente. Atualmente, não vemos isso acontecendo, pois a rotina de trabalho aumenta e os clientes ainda enfrentam problemas de atendimento”, explicou Machado.
Além disso, cerca de 83% dos bancários utilizam algum tipo de medicamento controlado devido ao estresse da profissão, segundo dados do sindicato.
Banco do Brasil e segurança financeira
Em meio a rumores sobre instabilidade, o Banco do Brasil recebeu apoio do sindicato, que destacou seu papel histórico no financiamento da agricultura, prefeituras, estados e estudantes. “É um banco com 217 anos, sempre a serviço da classe trabalhadora e da economia brasileira. Não há risco de falência”, afirmou Machado.
O sindicato mantém uma atuação intensa junto à base, com visitas regulares às agências, eventos comemorativos, festas juninas e confraternizações anuais. “Temos o privilégio de manter a tradição de Eliezer, Edmilson e Sandra, e seguimos com uma diretoria que orienta e apoia essas iniciativas”, concluiu o representante.
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