O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) julga nesta terça-feira (26), em Porto Alegre, os recursos das defesas dos quatro condenados pelo incêndio da boate Kiss: Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha. A sessão analisa o mérito das apelações e pode resultar em três possíveis desfechos: novo júri, confirmação das condenações ou redução das penas, que variam entre 18 e 22 anos de prisão. Os réus seguem presos preventivamente desde a decisão do júri em 2021.
As defesas argumentam que o julgamento foi contrário às provas dos autos e pedem um novo júri. Caso os pedidos não sejam acolhidos, solicitam a redução das penas. A defesa de Hoffmann afirmou que há jurisprudência para rever as penas; a de Bonilha sustentou que ele não agiu com dolo eventual e tentou salvar vítimas; a de Marcelo destacou que ele já teria direito ao semiaberto caso a pena seja reduzida. A defesa de Spohr optou por se manifestar apenas após a sessão.
O incêndio ocorreu em 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria, e deixou 242 mortos e 636 feridos. A tragédia começou quando um artefato pirotécnico usado pela banda atingiu a espuma do teto, gerando fumaça tóxica que provocou a maioria das mortes por asfixia. A Justiça já havia anulado o julgamento de 2021 por irregularidades, mas o STF manteve as condenações e prisões neste ano, após recursos das defesas serem rejeitados.
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