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Feira de Santana Racismo

Secretária da Igualdade Racial destaca combate ao racismo no esporte e alerta: “É crime, precisa ser denunciado”

A iniciativa visa sensibilizar tanto federações como a Federação Bahiana de Futebol  quanto outras entidades esportivas, além de atletas e o público em geral.

07/07/2025 11h46
Por: Mayara Naylanne
Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

A secretária estadual da Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais, Ângela Guimarães, falou sobre o enfrentamento ao racismo nos esportes, em especial após a recente denúncia de injúria racial ocorrida em Feira de Santana. Segundo ela, o episódio não é um caso isolado, mas reflexo de uma estrutura que ainda resiste em ambientes onde se espera acolhimento e respeito.

“Infelizmente, não é um caso isolado o que aconteceu em Feira. A gente está vendo, em plano global, como o Vinícius Júnior, esse grande craque da nossa seleção, tem sido um porta-voz internacional contra o racismo. Ele já foi premiado pela FIFA e reconhecido por outros organismos exatamente por denunciar uma persistência que ainda existe no futebol, mesmo sendo um espaço onde há forte protagonismo de jogadores negros, latino-americanos e africanos”, afirmou a secretária.

Foto: Onildo Rodrigues 

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Ângela destacou que sua pasta tem atuado de forma permanente para combater esse tipo de crime, com campanhas como o “Cartão Vermelho ao Racismo nos Esportes”. A iniciativa visa sensibilizar tanto federações como a Federação Bahiana de Futebol  quanto outras entidades esportivas, além de atletas e o público em geral.

“Sabemos que no futebol o debate já está mais estabelecido, mas o racismo acontece de forma velada em diversas outras modalidades. Precisamos conscientizar que o racismo é crime. Foi classificado como contravenção penal desde 1951, por meio da Lei Afonso Arinos, e tornou-se crime inafiançável e imprescritível com a Lei Caó, em 1989. Portanto, é preciso denunciar”, reforçou.

A secretária também mencionou os equipamentos públicos de apoio às vítimas, como o Centro de Referência Nelson Mandela e a Delegacia Especializada de Enfrentamento ao Racismo e à Intolerância Religiosa. Além disso, o Estado mantém uma cooperação técnica com a Secretaria de Segurança Pública para capacitar delegados, investigadores e escrivães, visando garantir o acolhimento adequado das denúncias.

“A nossa meta é ampliar o número de registros para que os casos não fiquem impunes. Racismo é crime. Precisa ser combatido com rigor e enfrentado por toda a sociedade”, concluiu.

Com informações: Onildo Rodrigues 

Por: Mayara Nailanne

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