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Feira de Santana Cobrança

Presidente da Bandafs cobra pagamento de bandas contratadas pela Prefeitura de Feira

Para Flaviano, a solução é simples: “Basta a Prefeitura cumprir o contrato e fazer o pagamento. Assim, os artistas recebem e seguimos fomentando a economia local por meio da cultura.”

16/06/2025 16h58 Atualizada há 2 meses
Por: Mayara Naylanne Fonte: Conectado News
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O presidente da BANDAFS (Associação de Bandas e Fanfarras de Feira de Santana), Flaviano Pinheiro Santana, denuncia um impasse no pagamento de artistas que se apresentaram em eventos realizados com apoio da Prefeitura de Feira de Santana. Segundo ele, o convênio firmado com a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, no valor de R$ 685.700, previa a contratação de diversas bandas, mas até o momento nenhum pagamento foi realizado.

Em entrevista ao Conectado News, Flaviano afirmou que entregou o plano de trabalho com o mesmo valor do contrato assinado e que não há qualquer pendência por parte da associação.
"O valor do plano é o mesmo do contrato. As bandas foram indicadas para compor a grade e, se o prefeito disser que vai pagar hoje, amanhã mesmo eu começo a pagar as bandas. Da nossa parte, não há nenhum entrave", garantiu.

Flaviano também fez uma retificação quanto às informações que circularam sobre a relação da associação com o convênio. De acordo com ele, o diretor de eventos da Secretaria, Naromba Vasconcelos (Naron), foi quem procurou a BANDAFS, apresentou o termo de parceria e fez o convite para a inserção das bandas na programação dos eventos.
"Conversamos com Naron e ficou acordado que seriam inseridas as 14 bandas indicadas pela BANDAFS na grade. Isso foi passado para o prefeito, com tudo certo. A distorção surgiu porque Naron não repassou essa situação diretamente ao secretário, e aí ficou parecendo que a BANDAFS não tinha informado, o que não é verdade", esclareceu.

Ainda segundo o presidente da associação, o problema surgiu após a inclusão de bandas que não haviam sido inicialmente indicadas.
"Agora estão aparecendo outras bandas querendo entrar no convênio. O valor acaba ultrapassando o previsto e estão sugerindo retirar bandas que nós indicamos, mas isso eu não vou fazer. Todas se apresentaram e têm direito de receber", pontuou.

Questionado sobre a comprovação das apresentações, Flaviano rebateu as alegações de que algumas bandas não teriam registros nas redes sociais ou publicações recentes.
"Todas as bandas indicadas por nós se apresentaram. Eu tenho vídeo, fotos, e consigo provar a atuação de cada uma. Algumas podem não ter postado nas redes, mas a documentação está comigo", assegurou.

Leia também: Artistas locais poderão não se apresentar nos festejos juninos de Feira de Santana; Entenda

Dois meses após Micareta 2025, bandas locais ainda aguardam pagamento em Feira de Santana

Flaviano informou que a BANDAFS indicou oficialmente 14 bandas, mas o número total de artistas que se apresentaram chegou a 61, incluindo bandas regionais.
"A associação representa os músicos de Feira, mas também entendemos que a classe artística é uma só. Se uma banda de fora tocou, também tem direito de receber", explicou.

Ainda segundo ele, todo o trâmite do convênio foi construído junto à Secretaria Municipal de Cultura, com a participação de Naromba Vasconcelos. Flaviano garante que tudo foi feito com transparência e que a associação está em dia com todas as suas obrigações legais.
"É a primeira vez que a associação participa desse tipo de parceria. Estamos com tudo regularizado e prontos para renovar essa colaboração no futuro", disse.

Prefeito promete judicializar a questão

O prefeito José Ronaldo afirmou que a Prefeitura deve judicializar o caso, alegando inconsistências entre o valor acordado no contrato e as notas apresentadas. Flaviano nega qualquer irregularidade.
"O contrato está assinado, o plano está lá, e o valor é exatamente o que foi acordado. Não estou exigindo nada a mais. Quero apenas que paguem o que foi combinado", declarou.

Ele teme que a judicialização impacte diretamente nos festejos juninos da cidade, como o São João e o São Pedro.
"Se essa situação se arrastar, muitos artistas de Feira ficarão de fora, especialmente os forrozeiros. A lei mudou, a documentação precisa estar correta, e infelizmente muitos podem ser penalizados", alertou.

Para Flaviano, a solução é simples. "Basta a Prefeitura cumprir o contrato e fazer o pagamento. Assim, os artistas recebem e seguimos fomentando a economia local por meio da cultura."

Com informações: Luiz Santos
Por: Mayara Nailanne

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