Funcionários do Restaurante Popular de Feira de Santana, localizado no Centro de Abastecimento, denunciam uma grave situação trabalhista que já se arrasta há pelo menos três anos. Em relato enviado à nossa equipe, os trabalhadores afirmam estar com o FGTS e o INSS sem recolhimento há três anos, além de acumularem duas férias vencidas e enfrentarem atrasos constantes no pagamento dos salários.
“Estamos há três anos sem FGTS, três anos sem INSS pago. Já são duas férias vencidas indo para a terceira. E o salário, que deveria ter sido pago no dia 5, até hoje não foi. A empresa terceirizada alega que a Prefeitura não fez o repasse. Estamos sem saber o que fazer. Só temos vocês da imprensa para nos ajudar”, disse um funcionário, que preferiu não se identificar.
Segundo os relatos, a gestão municipal teria sido informada da situação, mas até agora não apresentou nenhuma solução para o problema, o que tem gerado desespero entre os trabalhadores, muitos deles em situação de vulnerabilidade social.
A comida pode até estar boa para quem vê de fora, mas por trás das panelas tem gente sofrendo, gente com contas atrasadas, passando necessidade e trabalhando sem seus direitos garantidos”, desabafou outro funcionário.
Resposta do prefeito
Em entrevista, o prefeito José Ronaldo de Carvalho (União Brasil) afirmou não ter conhecimento sobre a situação trabalhista dos funcionários do restaurante. Segundo ele, o equipamento é gerido por meio de contrato com uma empresa terceirizada, que já estava em atividade quando a atual gestão assumiu.
“Não tenho conhecimento sobre essa empresa particular. É um contrato que nós já encontramos. O restaurante está funcionando bem, oferecendo alimentação de qualidade, e os fornecedores da Prefeitura estão recebendo em dia”, disse o prefeito.
Questionado sobre a possibilidade de adiantamento salarial para os servidores públicos por conta dos festejos juninos, José Ronaldo também foi categórico: “Não temos como antecipar salário em 13, 14 dias. Já pagamos a parte burocrática da Micareta e estamos mantendo os pagamentos regulares”.
Com informações: Luiz Santos
Por: Mayara Nailanne
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