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Ambulantes denunciam exigências abusivas da Prefeitura para atuar no São João Antecipado de Santanópolis

Além dos preços considerados abusivos, há ainda denúncias de que os vendedores estão sendo forçados a adquirir bebidas exclusivamente de uma distribuidora indicada pela prefeitura.

05/06/2025 08h13 Atualizada há 3 meses
Por: Mayara Naylanne
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Vendedores ambulantes que se preparam para trabalhar no São João Antecipado de Santanópolis, marcado para acontecer  de 13 a 15 de junho, denunciam exigências abusivas por parte da Prefeitura. Entre as queixas estão o alto custo cobrado pelos pontos de venda, a obrigatoriedade de adquirir insumos com fornecedores específicos e a limitação do espaço disponível para as barracas.

De acordo com Nathalie, filha de uma ambulante e representante de um grupo de trabalhadores, a maioria dos vendedores vem de Feira de Santana, especialmente após o cancelamento do São João Antecipado de Santa Bárbara este ano. Ela afirma que os ambulantes estão receosos de se identificar publicamente por medo de perseguição política.

“O valor cobrado pela prefeitura para trabalhar no evento é mais caro do que o da Micareta de Feira ou até mesmo o Carnaval de Salvador, sendo que são apenas dois dias de festa em Santanópolis. Estão vendendo espaço com toldos de 3x3 metros, mas todos sabem que as barracas padrão têm 4 metros. Ou seja, seremos obrigados a comprar dois toldos ou cortar nossas barracas para se adequar”, explica.

Além dos preços considerados abusivos, há ainda denúncias de que os vendedores estão sendo forçados a adquirir bebidas exclusivamente de uma distribuidora indicada pela prefeitura. Segundo relatos, quem tentar levar produtos comprados fora dessa parceria terá a entrada barrada no evento.

“No ano passado, minha mãe teve que deixar todas as bebidas que havia comprado fora e foi obrigada a adquirir novos produtos diretamente com a distribuidora parceira da prefeitura. Perdemos o investimento. Esse ano, já avisaram que a mesma regra será aplicada”, denuncia Nathalie.

Apesar dos boatos de que também haveria obrigatoriedade de compra de alimentos como salsicha e pão para cachorro-quente, até o momento não há confirmação oficial sobre restrições nesse segmento.

A reportagem busca contato com a Prefeitura de Santanópolis para esclarecimentos sobre os critérios de comercialização dos pontos, a suposta exclusividade com a distribuidora e as regras impostas aos vendedores ambulantes.

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura Municipal de Santanópolis não enviou nota de posicionamento. A reportagem permanece à disposição e aguarda um pronunciamento oficial.

Por: Mayara Nailanne 

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