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Saúde Dengue

“Existe um déficit de mais de 400 agentes de endemias em Feira de Santana”, afirma vice-presidente do Sindicato

Feira de Santana

26/05/2025 14h57 Atualizada há 1 dia
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
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Por Luiz Santos e Hely Beltrão

O vice-presidente do Sindicato dos Agentes de Endemias de Feira de Santana, Roberto Carvalho, concedeu entrevista ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, relatando a situação da dengue e dos agentes de endemias no município. De acordo com ele, a doença está sob controle no município, mesmo após o registro da morte de uma idosa de 79 anos do bairro Queimadinha, no mês de abril.

"Feira de Santana vive um momento de tranquilidade, conforme as últimas entrevistas da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Priscila Soares, percebemos que houve um avanço na diminuição dos casos, mesmo com a morte registrada este ano, ou seja, a situação se mantém estável do ano passado até março deste ano, não temos visto muitos casos de notificações, os problemas mais graves causados pela dengue não estão em evidência, acontece às vezes das pessoas apresentarem os sintomas, mas não procurarem a unidade de saúde para fazer um exame, outras vezes, é diagnosticado pelo médico como uma virose, não sendo feita uma investigação mais profunda, ou seja, há uma subnotificação, parabenizamos os agentes pelo excelente trabalho que fizeram, de novembro a março deste ano no controle, porque o problema da dengue é controle".

Roberto ressaltou que, apesar da importância do agente de endemias, o morador é o principal responsável pela eliminação dos focos de larva do mosquito.

"Na verdade a dengue já foi erradicada no país, porém, o que acontece, é que erradica-se o problema, mas não se mantém à vigilância, esse é o grande problema do combate às arboviroses. A vigilância tem que partir do pressuposto que o morador, deve cuidar e zelar de sua residência, ou seja, quando mantenho a vigilância dentro da minha casa, evitando o surgimento dos locais preferenciais de reprodução do mosquito, estou interrompendo a cadeia epidemiológica da dengue, pois um reservatório de água, pode servir de criadouro do mosquito, mesmo que não esteja sendo utilizado, e os ovos do mosquito podem eclodir, por isso, a vigilância do morador é importantíssima para o controle da dengue, porque atualmente não se trabalha mais com erradicação da dengue e sim controle, que é feito pela comunidade, que juntamente com o poder público, que tem papel importante, principalmente nos terrenos baldios, casas abandonadas, enfim, o gestor público deve fazer a sua parte na operacionalização dos programas exige que dentro da cadeia da rede pública municipal vários segmentos estejam inseridos no controle da dengue".

De acordo com o sindicalista, o município possui um déficit de mais de 400 agentes.

"Mais uma vez discutimos sobre isso, o número é insuficiente, fizemos um levantamento recente provocados pelo Ministério Público do Estado (MPBA), a fim de sinalizar para o órgão quantos agentes seriam necessários por bairro em Feira de Santana, para isso, chamamos os inspetores gerais, fizemos o levantamento com orientação da coordenação da Vigilância, descobrimos que para suprir a necessidade do município, precisamos de mais de 400 agentes. Atuando no momento, não temos nem 200, pois muitos se aposentaram, outros se afastaram e alguns agentes foram realocados para outros setores. Em 2024 o município fez um concurso, ressalto que esse concurso foi pedido pelo sindicato há vários anos, desde governos anteriores do atual prefeito José Ronaldo (UP), esse concurso tem um problema: foram colocadas no edital 60 vagas, onde temos um déficit de mais de 400. Em Feira temos mais de 500 mil imóveis,  segundo a lei, para dar segurança a comunidade, precisaria de no mínimo um agente para cada mil imóveis, ou seja, se eu tenho mais 500 mil imóveis no município, precisaria de no mínimo 500 agentes de endemias". 

LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypt) e Ovitrampas (armadilhas utilizadas para capturar ovos do mosquito Aedes aegypti)

"Com relação ao LIRAa, será feito nos próximos dias, como também o Ovitrampas, estes exames serão utilizados para verificar quais são os bairros onde há presença do mosquito adulto, o que não quer dizer que não tenha presença do mosquito na fase de larva, que é identificado pelo agente de endemias em seu trabalho de inspeção nas residências, ou seja, esses dois objetos de trabalho são o que norteiam o município para que faça o seu plano estratégico de controle da dengue no município".

 
 
 
 
 
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Luiz Carlos Há 2 dias Feira de Santana Bahia A maioria dos agentes ficam nas esquinas olhando zap e batendo papo,ele quer que aumente o número de agentes pra o sindicato arrecadar mais dinheiro.
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