“As declarações foram dadas no exercício do mandato”, diz presidente da Câmara sobre ex-vereador preso

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

O presidente da Câmara de Municipal de Feira de Santana, vereador Marcos Lima (UB), comentou, em entrevista ao Conectado News, sobre a prisão do ex-vereador Correia Zezito e outras ações do seu mandato. Lima disse aguardar informações concretas acerca do que motivou a prisão do vereador, que é policial militar, mas disse que qualquer declaração feita por ele, ocorreu em pleno exercídio do mandato parlamentar.

"Estamos buscando informações concretas para saber realmente o que houve, o vereador na época exercia mandato, tinha a inviolabilidade da palavra, ele pode sim fazer reclamações junto a qualquer órgão público estadual, municipal e federal, naquele momento em que na Tribuna comentou sobre as blitz que estavam ocorrendo no bairro Nova, ele falou como vereador e não como policial militar, isso tem que ser diferenciado. Buscaremos mais informações com o seu advogado, o Dr. Hercules Oliveira para saber o que de fato aconteceu".

Camarote Micareta

"É uma tradição, a Câmara sempre teve camarote, que é disponibilizado pela Prefeitura, que serve não só aos vereadores, mas a funcionários, população, pessoas que procuram o vereador que tem pulseirinha e distribuem para essas pessoas".

Vereadores evangélicos também terão direito a pulseira

"Às vezes o vereador é evangélico e não participa diretamente da festa, mas algumas pessoas o procuram, pedem a pulseirinha e ele distribui para algum aliado, amigo, morador ou eleitor". 

Auditoria reforma prédio anexo

"A auditoria está sendo finalizada, queremos saber o que foi feito, o que está pago, adquirido e o que falta fazer, para isso, precisamos dessa informação mais concreta, essa empresa de auditoria está fazendo esse levantamento na parte documental e estrutural". 

Escolha por uma empresa de Itaberaba

"Isso é algo que colocamos em pauta e enviamos para o pessoal da Procuradoria da Câmara, qualquer um pode participar".

Para Hercules Oliveira, advogado do ex-vereador Correia Zezito, a prisão aconteceu por questões políticas.

"O vereador Correia Zezito, em 2022, no exercício do mandato eletivo de vereador, teceu críticas tanto da tribuna da Câmara, como em lugares públicos, referentes a blitz do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor), ação criada pelo governo do Estado apenas para arrecadar recursos. Estas críticas geraram um procedimento administrativo na Polícia Militar decorrente de uma situação n o bairro Rua Nova, onde foi montada uma blitz na porta da casa do vereador, que durante a apreensão de veículos, teceu críticas referente àquele ato. Nesse processo administrativo de 2022 um PDS (Processo Disciplinar Sumário), foi pelo arquivamento da denúncia de que ele teria infringido normas disciplinares e hierarquia contra policiais militares, contudo, esse processo ao chegar na Corregedoria Geral, o comando não entendeu tratar-se de caso de arquivamento e determinou a 15 dias de detenção. Efetuamos a defesa do vereador, informando que ele não tem condições de cumprir essa pena na Companhia de Guarda ou na Companhia de Cavalaria, porque o quadro de saúde dele é debilitado, questões coronárias, hipertensão e diabetes de difícil tratamento, conforme relatórios médicos anexados aos autos. A prisão de Correia Zezito, nada mais é do que perseguição política, tendo em vista que na última eleição ele marchou politicamente do lado oposto ao Governo do Estado, como ele não conseguiu a reeleição, a resposta dada pelo governador ao fato dele não ter ficado do lado do candidato do Governo do Estado foi a prisão, é uma perseguição gratuita contra o vereador, mas, estamos tomando as medidas legais para tentar colocá-lo em prisão domiciliar".