A dentista Nayane Barreto denunciou um caso de racismo envolvendo seu filho, de seis anos, no Colégio Asas, uma escola particular de Feira de Santana, no dia 6 de novembro. Segundo Nayane, uma mãe de outra estudante abordou seu filho de forma agressiva, cobrando um brinquedo perdido, e disse: “Escurinhos todos se parecem”.
A mãe relatou que procurou a direção da escola, mas nenhuma medida foi tomada imediatamente. Nos dias seguintes, Nayane continuou encontrando a agressora nas instalações da escola, sem que houvesse qualquer intervenção por parte da instituição. Após desabafar nas redes sociais, recebeu relatos de outras famílias que também enfrentaram situações de racismo em escolas e decidiram mudar seus filhos de instituição.
A Polícia Civil da Bahia investiga o caso. Testemunhas e a mãe da vítima já foram ouvidas, e a suspeita deve ser interrogada em breve. Em nota, o Colégio Asas negou omissão e afirmou ter tomado medidas para ouvir as partes e registrar os relatos.
Outro episódio de discriminação já havia sido relatado no Colégio Asas em maio, quando um casal de mães denunciou homofobia após serem impedidas de participar juntas de uma celebração do Dia das Mães. Na época, também não houve retratação por parte da instituição, e o caso segue em segredo de Justiça.
Dias após o ocorrido, o Colégio Asas resolveu se pronunciar por meio de uma nota de esclarecimento. No documento, a instituição afirmou trabalhar pela “promoção de um ambiente escolar livre de qualquer tipo de discriminação, especialmente a racial”, alegando que agiu de forma rápida e responsável ao saber da situação.
“Todas as medidas adotadas tiveram como objetivo garantir a segurança, o bem-estar e a educação de todos os alunos e promover um ambiente escolar mais justo e equitativo. A acusação de omissão veiculada nas redes sociais é infundada e prejudica a reputação de nossa instituição”, diz outro trecho da nota.
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