Fundação Hospitalar amplia ações do Outubro Rosa e prevê aumento de cirurgias de redução de mama em 2025

Com a chegada da campanha Outubro Rosa, a Fundação Hospitalar de Feira de Santana se prepara para intensificar atendimentos voltados à saúde da mulher, com oferta de exames, consultas e encaminhamentos para especialistas. A expectativa é atender cerca de 13 mil mulheres apenas em Feira, com foco na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero.

Em entrevista ao Conectado News, a presidente da Fundação, Gilberte Lucas, destacou que, mesmo diante do grande volume de atendimentos, a equipe trabalha para agilizar os resultados, especialmente nos exames de mamografia, ultrassonografia de mama e preventivo. "Todos os casos que apresentam alteração já são imediatamente encaminhados para os especialistas – mastologistas ou ginecologistas – que fazem parte da nossa própria rede", afirmou.

Ela também reforçou que as vagas da campanha não interferem na Central de Regulação. “Essas vagas são extras. Por isso abrimos as unidades aos sábados durante quase todo o mês de outubro. E quando a demanda extrapola, como aconteceu em 2024, seguimos com atendimentos também no mês de novembro”, explicou.

Gilberte ressaltou ainda que a estrutura conta com o Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC) e os CMDIs – que realizam exames, pequenas cirurgias e procedimentos como biópsia de mama. Casos suspeitos ou confirmados são encaminhados diretamente para tratamento oncológico em unidades de referência.

Atendimento exclusivo para Feira de Santana

A campanha do Outubro Rosa é destinada exclusivamente para moradoras de Feira de Santana. “A gente sempre reforça que mulheres de outros municípios devem procurar a Secretaria de Saúde da sua cidade. Os exames são agendados via Central de Regulação, conforme a pactuação municipal. Nós exigimos RG e cartão SUS para verificar a residência da paciente”, frisou Gilberte.

Cirurgias de redução de mama (gigantomastia) serão ampliadas

Outro destaque foi o programa de cirurgias de gigantomastia – redução de mama – que segue ativo. “Ainda estamos finalizando os atendimentos da campanha anterior. Restam cerca de 15 mulheres para serem operadas até o fim do ano”, afirmou a presidente.

A Fundação realiza atualmente três cirurgias por mês, mas já planeja dobrar esse número a partir de 2025. “Vamos passar a fazer seis cirurgias mensais. A demanda é grande e recebemos ligações todos os dias. É uma questão de saúde pública. Muitas mulheres sofrem com dores, problemas de coluna e outras complicações. Não é estética”, enfatizou.

A próxima triagem para novas pacientes será aberta no final de outubro. Segundo Gilberte, há critérios médicos rigorosos, definidos pelo Dr. César Kelly, cirurgião responsável pela campanha. As pacientes devem ser moradoras de Feira, com a confirmação feita por visitas domiciliares não anunciadas. “Infelizmente, já tivemos casos de pessoas que se cadastraram informando um endereço falso, o que prejudica outras mulheres que realmente precisam”, alertou.

Cirurgia bariátrica: prioridade adiada

Sobre as cirurgias bariátricas, Gilberte informou que a Fundação ainda está analisando o novo protocolo determinado pelo Conselho Federal de Medicina. “Os critérios mudaram. Agora, é necessário um acompanhamento psicológico e nutricional por no mínimo seis meses. Por isso, decidimos priorizar as cirurgias de redução de mama, até porque muitas mulheres que realizam essa cirurgia acabam perdendo peso naturalmente e não chegam a precisar da bariátrica.”

Por: Mayara Nailanne