Anailda dos Santos Matos, conhecida como "A Poetisa", denunciou uma série de violências que diz ter sofrido após descobrir um furto de energia elétrica na residência em que mora, em Feira de Santana. Segundo ela, o problema começou em 18 de junho, quando um acidente doméstico revelou que os proprietários do imóvel estavam desviando energia. "Explodiu toda a energia da minha casa, pegou fogo nas tomadas, derreteu meu roupão, e eu não sabia que estava sendo vítima de furto de energia", relatou. Anailda afirma ter registrado vídeos e fotos que comprovam a fraude e acionou a Coelba para resolver a situação.
Após o ocorrido, Anailda tentou descontar os prejuízos no aluguel, o que gerou atritos com o filho da proprietária, identificado como Kleber Bonfim de Oliveira. Ela conta que foi ameaçada por ele durante uma ligação telefônica e posteriormente sofreu violência psicológica. "Ele gritava por cerca de dez minutos na minha porta, dizendo que ia fazer uma 'desgraça' com a minha vida. É uma violência que dói mais do que uma facada", declarou. Em razão das ameaças, a poetisa conseguiu uma medida protetiva e registrou a ocorrência na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM).
Além das ameaças, Anailda denuncia ter sido alvo de capacitismo durante uma audiência judicial. Portadora de síndrome de Tourette, fibromialgia e epilepsia, ela apresentou relatórios médicos pedindo tratamento adequado, mas alega ter sido pressionada pela juíza e alvo de comentários capacitistas pelo advogado da outra parte. "A juíza me obrigava a ser objetiva, mesmo com um laudo que dizia que eu poderia ter apagões sob pressão. Isso é desumano", lamentou.
Outra questão apontada por Anailda foi o depoimento de uma testemunha que mora no mesmo imóvel e que, segundo ela, teria feito um falso testemunho em audiência. A testemunha teria negado convívio com os agressores e afirmado não ter presenciado os fatos, mas Anailda apresentou vídeos que comprovariam o contrário. "Ela é inquilina há mais de cinco anos e convive com os agressores. Tenho provas de que estava presente no dia", afirmou.
Anailda cobra providências das autoridades para que o caso seja concluído ainda este ano. "Já estamos em dezembro e a delegacia não conseguiu punir o agressor. O Ministério Público não me atende, e estou sendo silenciada", desabafou. Por fim, ela pediu que a OAB repudie a conduta do advogado e que as instituições assegurem seus direitos como mulher, inquilina e pessoa neurodivergente.
A equipe do Conectado News entrou em contato com a delegada da DEAM, assim como com a outra parte envolvida, mas não obteve retorno. Reiteramos que estamos à inteira disposição para maiores esclarecimentos.
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