Evandro de Oliveira, 44 anos, e Jucilene, sua companheira há mais de 20 anos, vivem em uma barraca improvisada na Avenida Presidente Dutra, em Feira de Santana. Em condições de vulnerabilidade, o casal depende de doações para alimentação e enfrenta desafios diários para manter a higiene e cuidar da saúde.
Com parafusos na perna devido a uma lesão, Evandro destaca que a maior necessidade no momento é uma cadeira de rodas para melhorar a mobilidade. Ele conta que vive em situação de rua há cerca de 40 anos, desde que conflitos familiares o afastaram de casa. Sem alfabetização, trabalhou com reciclagem a vida toda, mas está impossibilitado de continuar devido à limitação física.
Jucilene, também com 44 anos, é natural de Alagoinhas e começou a viver na rua após a morte da mãe. Apesar das dificuldades, ela e Evandro dizem estar acostumados com o local onde estão, mas sonham com um futuro mais digno e esperam por uma oportunidade de mudança.
O casal já passou por outros pontos da cidade, como debaixo de pontes e barracos alugados, mas encontra dificuldades para sair da situação atual. Sem apoio contínuo de órgãos públicos, contam com a solidariedade de quem passa pelo local.
A história de Evandro e Jucilene reflete o desafio enfrentado por muitas pessoas em situação de rua e a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para reintegração social. “Deus vai nos ajudar a sair dessa. Só preciso de uma cadeira de rodas e de forças para alugar um barraco e recomeçar”, afirma Evandro.
Nota de esclarecimento
A Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedeso), reafirma seu compromisso em acompanhar e assistir as pessoas em situação de rua. Este trabalho é realizado de forma contínua pelo Plantão Social e intensificado em períodos de chuva ou baixa temperatura, garantindo maior proteção a quem se encontra em vulnerabilidade.
Em relação ao caso citado, no dia 27 de outubro de 2024, uma equipe da Sedeso visitou uma família em situação de rua. Durante a abordagem, os integrantes recusaram os serviços de acolhimento, mas aceitaram atendimento médico realizado pelo Consultório de Rua. Foi constatado que a família não possuía documentos pessoais, motivo pelo qual a Prefeitura providenciou a emissão da segunda via das certidões de nascimento e agendou atendimento no SAC para a regularização documental. No entanto, na data e horário agendados, a equipe de visitadores esteve no local combinado para acompanhá-los ao SAC, mas os mesmos não foram encontrados.
É importante destacar que a assistência socioassistencial é baseada no acolhimento e não em ações coercitivas. A aceitação dos serviços ofertados é uma decisão que cabe às pessoas em situação de vulnerabilidade.
A gestão municipal segue empenhada em monitorar, identificar e apoiar todos os cidadãos que necessitam de assistência, reafirmando o compromisso de promover dignidade e inclusão social.
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