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Feira de Santana Ações afirmativas

UEFS avança na inclusão de estudantes negros e quilombolas com ações afirmativas

Pró-reitora Joelma Oliveira destaca impacto das políticas de cotas e iniciativas de apoio à permanência no ensino superior durante o Novembro Negro.

25/11/2024 18h56 Atualizada há 2 semanas
Por: Mayara Naylanne
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Durante o Novembro Negro, mês dedicado à reflexão sobre a consciência negra e a luta contra o racismo, a professora Joelma Oliveira, pró-reitora de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), destacou em entrevista ao Conectado News a importância das ações afirmativas e o impacto na inclusão de estudantes negros e de comunidades tradicionais no ensino superior.

Segundo a professora, a UEFS tem 2.908 estudantes negros matriculados e 156 quilombolas, representando um avanço significativo na diversidade do corpo discente. Ela aponta que, antes das políticas de cotas, havia uma concentração de estudantes negros em cursos de menor concorrência, como licenciaturas. Hoje, é possível observar maior presença em áreas mais disputadas, como Medicina, embora os números ainda revelem desafios.

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Para garantir não apenas o acesso, mas também a permanência dos estudantes, a UEFS implementa diversas ações. A instituição dispõe de residências universitárias, incluindo uma para indígenas e outra em construção para quilombolas. Além disso, oferece restaurante universitário com subsídios integrais e parciais, auxílios emergenciais e programas estaduais como o "Mais Futuro", que visa apoiar financeiramente estudantes em vulnerabilidade socioeconômica.

A professora Joelma enfatizou que as políticas afirmativas são fundamentais para corrigir desigualdades históricas. "Mudanças estão acontecendo, mas é preciso continuar fortalecendo essas ações para que estudantes de contextos de vulnerabilidade possam concluir seus cursos e se inserir no mercado de trabalho", afirmou.

Apesar dos avanços, a pró-reitora reconhece que ainda há desafios, como a dificuldade de conciliar trabalho e estudo devido aos horários de aulas. Contudo, iniciativas como bolsas de pesquisa e extensão e apoio psicopedagógico têm contribuído para tornar a permanência universitária mais acessível e inclusiva.

Com informações: Luiz Santos

Por: Mayara Nailanne

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