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Feira de Santana Acessibilidade

Deficientes visuais falam sobre os obstáculos e dificuldades para transitar no centro de Feira

Para quem depende do transporte público, o ponto de ônibus na Avenida de Canal, próximo ao centro de abastecimento, representa um desafio diário.

14/11/2024 15h32 Atualizada há 10 meses
Por: Mayara Naylanne Fonte: Informações: Conectado News

Foto: Luiz Santos

As calçadas de Feira de Santana representam um verdadeiro desafio para pessoas com deficiência visual e mobilidade reduzida. Obstáculos como buracos, orelhões, mercadorias de ambulantes e guias táteis interrompidas dificultam o deslocamento, tornando o cotidiano dessas pessoas ainda mais complicado. Se para quem enxerga já é difícil andar em meio a essas barreiras, para quem depende de uma acessibilidade adequada, a situação é ainda pior.

Márcio, um vendedor ambulante cego que comercializa balas no centro, conta sobre os constantes problemas com as guias táteis cobertas por mercadorias ou simplesmente ausentes em alguns pontos. “Essas linhas que deveriam nos guiar estão sempre cheias de obstáculos. Sem fiscalização, a gente acaba andando inseguro e exposto a perigos”, relata. Para ele, a prefeitura precisa melhorar a estrutura das calçadas e zelar para que os espaços destinados às pessoas com deficiência estejam sempre livres.

Outra vendedora cega, Jane, ressalta as dificuldades de atravessar ruas em locais sem estrutura adequada, especialmente após mudanças recentes nos pontos de ônibus na cidade. Um dos pontos mais críticos, segundo ela, é o da Avenida de Canal, próximo ao centro de abastecimento. “Ali, o trânsito é intenso, e nos dias de feira fica impossível atravessar. Além disso, o local é insalubre, pois as pessoas fazem necessidades ali à noite. Falta abrigo, assento, e é desconfortável para quem precisa esperar”, explica.

Além das barreiras físicas, a rotina de trabalho é marcada pela superação. Um outro vendedor cego de água e salgados aponta que a falta de guias táteis nos dois lados das calçadas limita sua movimentação. “Tem guia de um lado, mas do outro não. A gente tem que andar em um lado só, o que atrapalha quem está com carga ou carrinhos”, explica ele, que ainda utiliza o Pix como alternativa ao troco para facilitar o atendimento aos clientes.

Veja o video

Com informações: Luiz Santos

Por: Mayara Nailanne

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