Por Luiz Santos e Hely Beltrão
A sessão da Câmara Municipal de Vereadores de Feira de Santana desta quinta (14), onde seria votada a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que define a base de gastos do Executivo para 2025 foi encerrada antes do tempo e a votação adiada para terça (19).
O líder do governo na Câmara, o vereador José Carneiro (UB), pediu supressão do pequeno e grande expediente com o intuito de acelerar a votação, o que foi aprovado por unanimidade, mas logo em seguida, após suspender a sessão por 5 minutos, a presidente Eremita Mota (PP) encerrou a sessão, alegando problemas técnicos na impressora, não sendo possível imprimir a ata de votação.
Zé Carneiro afirmou ao Conectado News, que não houve nenhum problema técnico e que o real motivo do encerramento da sessão se deveu a ausência do gerente Legislativo Eduardo Pimentel.
"Sinto vergonha do que aconteceu hoje, a presidente Eremita Mota encerrou a sessão sem consultar o plenário com mais de 14 vereadores presentes, apenas porque o chefe do Legislativo, o advogado Eduardo Pimentel, não está presente, é uma situação vergonhosa. Não existiu problema técnico, ela disse apenas que não votaria a LDO e suspenderia a sessão porque Eduardo Pimentel não estava presente para trazer o projeto para discussão. Senhores da Imprensa, cidadãos de Feira de Santana, é melhor fechar, ainda bem que só temos mais um mês e meio com essa senhora na presidência da Câmara Municipal de Feira de Santana, porque representa o que há de mais vergonhoso no parlamento brasileiro".
Impactos
"Se estivéssemos em uma sessão sem quórum, entenderia perfeitamente a postura da presidente, mas, a partir do momento que estamos aqui, mais de 15 vereadores presentes, ela sem consultar o plenário, encerrar a sessão sem votar a LDO é uma atitude antidemocrática e ridícula de uma cidadã que se diz presidente do Legislativo".
Vereador Jurandy Carvalho (PSDB)
O vereador Jurandy Carvalho (PSDB), presidente da Comissão de Finanças da Câmara, disse que o motivo para encerramento da votação era injustificável.
"O motivo injustificável na hora da votação, precisamos ajudar a cidade, a LDO deveria ter sido votada até o dia 31 de junho, todos os pareceres já foram aprovados, tudo acertado e na hora da votação, a presidente, não sei por qual motivo, suspendeu a sessão, alegando problema nos equipamentos. É bom salientar que há 4 anos acontecem essas questões quando se trata de lei orçamentária para que não se vote na data correta, isso é um prejuízo enorme para o município e como presidente da comissão, quero dizer a sociedade, que temos 15 dias para analisar os pareceres que chegam às nossas mãos, mas, com 10 dias já estão aprovados para justamente não ocorrer atrasos, infelizmente a mesa diretiva não tem colocado o projeto em tempo hábil para votação".
Presidente Eremita Mota (PP)
Ao Conectado News, a presidente do Legislativo feirense, a vereadora Eremita Mota (PP), culpou o encerramento da sessão ao pedido de supressão dos expedientes feito pelo vereador José Carneiro e que foi aprovado por unanimidade pelo edis presentes.
"Todos os vereadores estavam presentes, penso que não haveria necessidade do pedido de supressão do pequeno e grande expediente, onde o Legislativo arruma todas as pautas, fizeram pressão para acabar logo a sessão e passar para a votação, porém, não é possível, era o tempo de fazer o horário dos discursos das lideranças, o que levaria aproximadamente 40 minutos, tempo suficiente para resolver o problema técnico que houve na Câmara e fazermos a sessão. Não ficaríamos esperando 40 minutos, encerrei a sessão e a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) foi transferida para terça (19)".
A respeito das demissões em massa que vem ocorrendo, Eremita afirmou que o procedimento é comum.
"Em qualquer instância do poder público no final do ano precisa fazer alguns reajustes, estou aqui há 20 anos e já fui chamada a atenção no mês de setembro para demitir pessoas que trabalhavam comigo, é algo normal de acontecer. Sobre os rumores a respeito da quantidade de pessoas demitidas, na Câmara de Feira não existem 200 vagas, mas cada vereador tem seus assistentes administrativos, com os quais conversamos".
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