Na nmanhã desta segunda-feira (11), durante o programa Levante a Voz, na Sociedade News FM, foi levantada uma denúncia sobre a atuação de algumas empresas que se apresentam como recrutadoras de Recursos Humanos (RH) e cursos profissionalizantes, mas que, segundo relatos, aproveitam o desejo de jovens em conseguir um primeiro emprego para vender cursos que prometem, sem garantias, qualificação profissional.
Em entrevista Brás Santana compartilhou sua experiência ao acompanhar o filho a uma entrevista. Segundo ele, seu filho foi contatado para uma suposta oportunidade de estágio, mas a experiência revelou algo inesperado. “Interrompi uma viagem para acompanhá-lo, e chegando lá, percebi que muitas outras crianças e jovens estavam com os pais. Eles prometeram várias vantagens, mas, ao final, o que parecia ser uma entrevista de estágio transformou-se em uma oferta de curso profissionalizante”, relatou Brás.
Durante o processo, foi solicitado que os candidatos entregassem documentos, que só seriam devolvidos ao final da entrevista. Após o preenchimento de um formulário, os jovens foram encaminhados para uma entrevista onde, segundo Brás, a maioria não conseguiu responder todas as perguntas por nervosismo e falta de experiência. No caso de seu filho, o resultado foi negativo, mas imediatamente foi oferecida a opção de um curso com desconto: a empresa custearia 70% do valor e a família pagaria os 30% restantes — uma estratégia que, segundo Brás, caracteriza-se como venda disfarçada de cursos.
Brás alertou os pais sobre o apelo emocional que essas empresas utilizam, aproveitando-se da inexperiência dos jovens e da vontade deles de entrar no mercado de trabalho. Segundo ele, a proposta incluía uma carga horária que comprometeria o horário escolar do filho. Ele também destacou que, ao contrário do que fora inicialmente prometido, a possibilidade de trabalho remoto foi rapidamente descartada.
A situação reflete o desafio que muitas famílias enfrentam ao tentarem colocar seus filhos no mercado de trabalho, especialmente quando as empresas utilizam de artifícios que induzem os jovens e seus responsáveis ao erro, transformando o sonho do primeiro emprego em uma despesa inesperada e onerosa. Brás questionou a fiscalização do Estado e do município sobre a atuação dessas empresas. “Eles deveriam fiscalizar melhor, pois muitos pais e jovens são enganados com falsas promessas de qualificação”, afirmou.
Ao final do relato, Brás Santana fez um alerta aos ouvintes, recomendando que investiguem a procedência das empresas antes de aceitarem qualquer oferta e que se atentem aos valores cobrados pelos cursos, que podem se assemelhar a mensalidades de faculdades e comprometer o orçamento familiar.
Tentamos contato com a empresa mencionada para obter esclarecimentos, mas não houve resposta a nossas mensagens nem ligações.
Com informações: Luiz Santos
Por: Mayara Nailanne
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