Não é ético, mas não é crime

Por Luiz Santos, radialista e jornalista

Circula em grupos de WhatsApp de apoiadores ronaldistas, uma lista contendo nomes de profissionais de imprensa de Feira de Santana. A referida lista, denominada "imprensa marrom", segundo seus autores(as), é composta por profissionais ligados ao candidato a prefeito de Feira do Partido dos Trabalhadores (PT), Zé Neto.

Questionado sobre a possível lista de profissionais de imprensa ligados ao grupo ronaldista, um apoiador de Zé Ronaldo (UB) apenas sorriu e desconversou. Na lista dos profissionais de imprensa classificados como “petralha” consta o nome deste comunicador que vos escreve.

Sobre isso, cabe-nos dizer para aqueles(as) que nos classificam como tal - esquerdistas, comunistas, xiitas ou coisa que o valha -, que, em momento algum fiz declaração alguma de apoio a qualquer candidato que está concorrendo à prefeitura de Feira de Santana. 

Ainda assim, faz-se necessário deixar claro, especialmente para quem idolatra um ou outro candidato, que se assim tivesse agido este comunicador (declarado apoio), não estaria cometendo crime algum, pois no Brasil jornalista declarar apoio ou deixar de apoiar quaisquer candidaturas que seja, direta ou indiretamente, pode até não ser ético, em caso de apoio, mas não é crime.

Por fim, quanto à referida lista, esta não nos abala. Temos certeza que estamos no caminho certo com o bom, sério e verdadeiro jornalismo que fazemos, sem partidarismo. E digo mais, essa lista não deve afetar qualquer um de nós que fazemos trabalho jornalístico de maneira imparcial, divulgando fatos.

Quiçá, quem divulgou, e continua a divulga a tal lista, esteja(m) cometendo crime de calúnia e difamação. Nunca é demais lembrar que a Constituição Federal do Brasil de 1988 (CF) traz, em linhas gerais, os direitos e deveres do cidadão brasileiro, que devem sempre andar em conformidade, pois, “quando um cidadão cumpre as suas obrigações, o outro tem a garantia dos seus direitos”. Quem fala sempre a verdade não teme.