Por Luiz Santos, radialista e jornalista
Diz-se que a "quem acusa cabe o ônus da prova", ou seja, precisa apresentar provas do que se está dizendo é verdade, embasado em documentos, não se trata de bravatas, palavras da boca para fora. Durante o período eleitoral é comum que políticos acusem uns aos outros, especialmente com o objetivo de ocupar o mesmo cargo ou outro na esfera politica. Muitas dessas acusações, via de regra, não dão em nada, palavras jogadas ao vento e o eleitor, o mais importante nesse momento, sendo colocado como o bobo da corte.
As denúncias apresentadas na última segunda-feira, 19, pelo vereador José Carneiro Rocha (UB) contra a vereadora e presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, Eremita Mota (PP), são gravíssimas, principalmente no que dizem respeito a Escola Municipal Legislativa que, segundo Carneiro, funciona de forma fantasma e também sobre os tickets alimentação que precisam ser esclarecidas urgentemente, afinal trata-se de dinheiro público.
As provas documentais apresentadas a imprensa pelo edil, as quais o Ministério Público da Bahia (MPBA) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), segundo Carneiro, já tem conhecimento, carecem urgentemente de apuração por parte desses mesmos órgãos públicos que devem "autenticar" ou não as denúncias do vereador.
Quanto à gestora do Legislativo feirense, Eremita Mota, esta precisa vir a público também, se possível e achar necessário, convocar a imprensa e esclarecer os fatos, não apenas usar a Tribuna daquela casa legislativa para se pronunciar, sem que seja respondida qualquer pergunta, apenas se dizendo "perseguida", que é "machismo, inveja" ou coisa que o valha. Isso não resolve a situação e a população feirense está ávida para saber da vereadora sua versão, enfim, quem está com a verdade.
Confesso, com o devido respeito à presidente da Casa da Cidadania, Eremita Mota, que os esclarecimentos feitos na Tribuna daquela Casa não foram convicentes para quem acompanhou ou teve conhecimento. Espera-se que as denúncias sejam apuradas minuciosamente, e que os vereadores possam fiscalizar não apenas os atos do Executivo mas também, do próprio Legislativo, afinal, estamos falando de dinheiro público.
Fiscalizar, esta é a palavra que define uma das mais importantes prerrogativas de quem assume a vereança. Neste caso, estando o vereador José Carneiro falando a verdade, está cumprindo um importante papel para Feira de Santana, caso se trate tão somente de falácias, cabe a quem de direito punir o edil de acordo com os rigores da Lei. À presidente da Câmara, Eremita Mota, lhe são dados os mesmo direitos: provar que agiu com retidão, não deve nada e buscar as reparações cabíveis.
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