Em pouco mais de uma semana, 450 municípios gaúchos tiveram bairros inteiros engolidos por uma chuva que não parava de cair. No boletim da Defesa Civil do estado, divulgado na manhã desta terça-feira (14), 147 mortes foram registradas, 125 desaparecidos e 806 pessoas estão feridas. 76.884 pessoas foram levadas para abrigos e 538.545 estão desalojadas, sendo levadas para a casa de familiares e amigos. Ao todo, as chuvas afetaram 2.124.203 pessoas e 450 dos 497 municípios do estado.
Para entender o que ocasionou este desastre, a meteorologista do INMET - Instituto Nacional de Meteorologia, Deise Moraes, explica aos leitores do Conectado News e ouvintes do Levante a Voz, os eventos climáticos que causaram a tragédia no estado.
"O que aconteceu foi a passagem de uma frente fria associada a um ciclone que acabou estacionando e aumentando as instabilidades no Rio Grande do Sul. As frentes frias quando passam pelo Rio Grande do Sul, acabam seguindo para o centro oeste e sudeste e depois seguindo para o oceano, porém, como está ocorrendo um bloqueio atmosférico no centro oeste, a frente fria não avançou e permanece estacionada no Rio Grande do Sul ocasionando as recentes chuvas e complementam os ventos mais úmidos que vêm do Amazonas, tornou aquela área mais propensa a instabilidade e causando vários dias de chuvas intensa e ocasionando todo esse transtorno".
Aquecimento Global
"Isso também favorece muito, os eventos extremos por conta disso começarão a aumentar".
Ainda segundo Deise, ainda chove nos próximos dias e haverá queda na temperatura.
"Já tivemos uma diminuição das chuvas, porém, na quinta (16) e sexta (17) retornam, teremos um ar mais frio, queda nas temperaturas, alguns municípios registraram temperaturas de 2º graus e a tendência é que possa cair ainda mais chegando a temperaturas negativas e possibilidade de geadas", concluiu.
Reportagem: Hely Beltrão
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