Motorista por aplicativo feirense acusado de praticar assaltos é inocentado pelo TJBA

O tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) decidiu pela absolvição do motorista de aplicativo Jefferson Bento Santana, acusado de envolvimento em assaltos ocorridos na cidade de Feira de Santana. Na noite de 23 de setembro de 2021, Jefferson deixou o expediente de técnico em refrigeração em um hospital e foi fazer corridas por aplicativo para complementar a renda.

Relembre: Motorista de aplicativo tenta provar na justiça inocência em participação de assalto

Justiça mantém prisão do motorista de transporte por aplicativo em Feira

Segundo ele, foi solicitado para fazer uma corrida a partir da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, com destino a UPA da Mangabeira. Ainda de acordo com relato de Jefferson, assim que dois homens embarcaram no veículo, anunciaram o assalto e o obrigaram a dirigir, enquanto a dupla cometia assaltos.

Após o cometimento de pelo menos oito crimes, houve acompanhamento da Polícia Militar e Jefferson se jogou do carro em movimento, que colidiu contra um poste. O motorista e os dois assaltantes foram encaminhados para a delegacia.

Mais sobre o caso Jefferson Bento: Motorista por aplicativo poderá ser solto em Feira de Santana, diz advogado

Perícia no Celular do motorista por aplicativo não apresentou ligação com os suspeitos , diz advogados

Motorista por aplicativo será posto em liberdade após 9 meses em regime fechado

Jefferson permaneceu preso por nove meses, quando foi liberado no dia 21 de junho de 2022, continuou respondendo pela acusação do crime, sendo condenado a mais de 10 anos de prisão. Após recorrer a várias instâncias, o advogado Marcos Silva provou sua inocência. Em entrevista ao repórter Sotero Filho, Jeferson disse que houve negligência e que sentará com seu advogado para verificar quais as medidas cabíveis de reparação.

Saiba mais: "Difícil estar preso injustamente", diz motorista por aplicativo ao deixar Presídio em Feira

"Foi uma noticia que me deixou muito feliz, não tinha dúvidas. É um momento de comemorar com a família. Nove meses preso, é um dano irreparável, quando tudo aconteceu, estava trabalhando, mas não tive voz. A todo momento informei que não tinha nada a ver, mas não me ouviram, acharam que eu tinha participação, mesmo com os próprios bandidos negando. Faltou investigação, houve negligência. Vou sentar como meu advogado e ver quais são as medidas cabíveis possíveis de serem tomadas".

Fonte: Central de Polícia