Calça de homem não dá em menino!

Começo esse texto relembrando alguns ditos populares, a exemplo do utilizado no título: "Calça de homem não dá em menino!" Outro diz que “Pato novo não sobe escada". Ou ainda, a mais nova e muito usada nas redes sociais nestes tempos: “Não vá não, sem a experiência de um profissional”. E tudo isso para falar sobre minha mais nova aventura vivida quando fui comprar uma vestimenta.

Pois bem! Falando sobre vestimenta, tive uma decepção na última segunda-feira, 21. Ao procurar comprar uma calça dentro dos padrões os quais considero ideal para o meu perfil, percorri várias lojas no centro de Feira de Santana e só encontrava “modelitos” usados pelos mais jovens. Algumas com cores chamativas; outras que apertavam nas pernas; ou ainda, outras com elástico na cintura e na parte das pernas, as chamadas calças Jogger.

Nesse entra e sai em loja, experimenta calça aqui e ali, eu me pus a perguntar: será que os estilistas que “ditam as regras” da moda mundial acham que todos nós vestimos igualmente? Por que não oferecem opções diversas e compatíveis com as características físicas e etárias de nós outros? Por que é tão difícil nos vestir como gostamos hoje em dia? 

Talvez possa parecer “cafona”, para alguns. No entanto, em nossa modesta opinião, no que diz respeito à vestimenta nos moldes de outrora, estamos tratando de conforto, de sentir-se bem. Cremos que seja assim, também, para outras pessoas que, como eu, já passaram dos 40 anos e se sentem bem vestidos e vestidas à “moda antiga”.

Confesso que “rodei” bastante para comprar a roupa. Como diz o amigo e colega de profissão, Paulo José (PJ), tive que “bater muita boca de calça e gastar sola de sapatos” para encontrar uma calça que atendesse minha realidade, que se encaixasse no meu estilo de vestir. 

Assim, diante das dificuldades por mim enfrentadas, acreditando que outras pessoas também as enfrentem, deixo aqui o apelo: que voltem os alfaiates ou costureiras, aqueles e aquelas profissionais que costuravam roupas na medida certa, de acordo com a vontade do cliente. Pois nestes dias pude perceber, mais uma vez, que calça de homem não dá em menino!

Por Luiz Santos, Radialista e Jornalista