Fim de semana chegando e muita gente já pensa em tomar aquela loira gelada. Cada pessoa tem a sua preferência no tipo e na marca, mas você já experimentou a cerveja artesanal? O Conectado News entrevistou Sergio Vidrilho, um produtor feirense de cerveja artesanal que trouxe maiores informações a respeito deste tipo de cerveja que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. Vidrilho garante: a cerveja artesanal é melhor que as cervejas mais vendidas atualmente.
"A minha cerveja se chama Braçaria de Vidro, ao invés da palavra cervejaria, optei por brassaria, porque a brassagem é a primeira parte da cerveja e brassaria vem do francês brasserie, que significa produzir. Estamos no mercado desde 2016, vendendo para Feira de Santana e municípios vizinhos, como Conceição do Jacuípe, Santo Estevão, entre outros, no que se refere a aceitação do produto, no começo é estranho, impactante, quando apresentamos uma cerveja que se bebe um pouco menos gelada do que as outras, que devem ser consumidas estupidamente geladas, apresentamos uma cerveja que se deve beber em temperatura por volta de 5 a 8 graus celsius, e aí se tem aquele primeiro choque quando bebe, é uma cerveja mais amarga, encorpada e com aromas. Outra coisa que está muito na moda, são cervejas com aromas, tendências, a primeira cerveja brasileira foi a Sauer, mais azeda, ácida, e com frutas, como morango, pitaia, tamarindo ou a fruta que quiser, esse é o grande diferencial, algumas cervejarias industriais já estão fazendo cerveja com maracujá, umbu, cacau, pêssego", diz.
Para Sérgio, todas as cervejas sejam Malte, Duplo Malte, Pilsen e Larger, são a mesma coisa, e faz a comparação destas com a cerveja artesanal.
"Primeiramente, a qualidade, usamos insumos mais puros, uma cevada mais pura, algumas pessoas dizem que beberam cerveja de cevada, outras, de malte, mas é importante entender que cevada é a planta, malte, é o processo que essa planta passa, a malteação, a cerveja artesanal não usa apenas insumos melhores, também passa por um processo, mais minucioso, tranquilo e mais limpo. Existem cervejas artesanais no estilo Pielsen, que na verdade é um estilo dentro da família Lager, que foram feitas para serem consumidas estupidamente geladas, Pielsen, Lager e Puro Malte são a mesma coisa, não tem diferença alguma, Puro Malte é só marketing da legislação brasileira, hoje em dia se usa o Puro Malte para se pagar menos imposto, a principal diferença da artesanal para as cervejas famosas, é a qualidade dos insumos, usamos cerveja mais pura, não é pela utilização de outros insumos que a cerveja deixa de ser puro malte, por exemplo, os Estilos Belgas são cervejas condimentadas, com coentro, gengibre, casca de laranja e não são puro malte, e isso quer dizer que são inferiores? Não, são melhores que muitas cervejas Puro Malte. A ideia do Puro Malte foi uma lei criada na Baviera por causa do plantio entre malte e trigo, eles queriam diminuir a quantidade do uso do trigo para usar o malte, que era mais abundante, a plantação de cevada era mais abundante do que a de trigo, por isso foi criada essa lei, uma questão política, a velha regra de casa, água, malte lúpulo e levedura, os principal insumo da cerveja artesanal", disse.
Ainda segundo Sérgio, o teor alcoólico é determinado pelo tipo de cerveja.
"O teor alcóolico varia de estilo, por exemplo a cerveja Ale, que são de temperatura mais alta e fermentação de temperatura mais alta, possuem entre 5 a 9%, as cervejas Lager artesanais seguem o mesmo padrão, entre 4,5 e 5,5%, o teor alcoólico pode ser o mesmo e pode ser maior.
Onde comprar em Feira de Santana?
Em Feira de Santana Vitrine da Cerveja no container na Avenida Maria Quitéria, na Cervejaria Santo Antônio, no Garden na Artêmia Pires, Bar Taberna, na Casa de Moi e eventos.
Reportagem: Hely Beltrão
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