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Política Bahia

Deputado federal explica os benefícios do Arcabouço Fiscal para o Brasil

O deputado federal Cláudio Cajado

22/05/2023 06h49 Atualizada há 2 anos
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto Luiz Santos
Foto Luiz Santos

O deputado federal Cláudio Cajado (PP), esteve presente no município de São Gonçalo dos Campos na tarde do domingo (21), no aniversário do ex- prefeito Carlos Germano (PP). Em entrevista ao Conectado News, o deputado, que é relator do Novo Marco Fiscal, deu maiores detalhes do projeto, suas pretensões políticas para os anos seguintes e os caminhos do seu partido, que já foi base do governo petista na Bahia.

"É uma regra fiscal que procura equilibrar as contas do governo federal entre o que se arrecada e o que se gasta, mas diferentemente do Teto de Gastos, onde se tinha um limitador das despesas em cima da inflação, agora você tem preservados, R$ 75 bilhões de reais para ser investidos e mais uma trajetória crescente de despesa de acordo com 0,6 até 2,5% acima da inflação, o que garante ao governo federal a manutenção dos programas sociais como o Bolsa Família, valorização do salário mínimo, aumento do salário dos professores, enfim, fica tudo dentro de uma base que agora é o novo teto, que tem garantia de ganho acima da inflação, antes fora do teto era vantagem, agora não, está dentro do teto significa que você está protegido, e quando você ataca a política fiscal, como estamos fazendo, equilibrando as contas públicas, atacamos a política monetária com a queda de juros, algo que interessa a todos nós para que tenha mais investimento, geração de emprego e melhores condições de renda para o povo brasileiro", diz.

O deputado elogiou a nova política de preços da Petrobras, afirmando que esta é benéfica para a a economia.

"A nova política de preços da Petrobras, que ao invés de vender o nosso petróleo para exportar, está vendendo internamente com preço equilibrado, uma pequena diminuição do valor do preço do combustível no Brasil, que deixa o preço dos produtos mais barato e tudo fica mais em conta, porque o frete também diminui".

Com relação a alta taxa de juros imposta pelo Banco Central, para o deputado a guerra entre Rússia e Ucrânia é um dos fatores.

"Não adianta querer baixar os juros no grito ou através de decreto, não é assim que funciona  tem que combinar com os russos e ucranianos e com o mercado, e não é através da vontade, e sim  através de medidas concretas como essa do Novo Marco Fiscal, Reforma Tributária, elevação da arrecadação, clara demonstração de que a política de juros aliada a uma política fiscal responsável sem comprometer as políticas públicas".  

Sobre as discussões entre governo e agronegócio envolvendo a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) o deputado disse não se envolver em CPI, mas que respeita e espera que realmente se investigue e descubra os problemas. 

Leia mais: "O governo petista é aliado, incentiva e facilita as práticas do MST", diz deputado autor do requerimento de instalação da CPI do MST na ALBA

"É uma discussão muito grande nesse setores, muito barulho, espero  que as coisas sejam resolvidas de forma democrática, ordeira e correta, por que nos últimos anos, todas as comissões abertas não se demonstraram resolutivas. Temos muitos assuntos importantes para tratar no Congresso Nacional, prefiro focar na Reforma Tributária, temos que priorizar a agenda econômica". 

Nas eleições 2022, houve um rompimento do PP com PT, motivada pelo ex-vice governador João Leão, que disse ter se sentido traído após declarações do senador Jaques Wagner (PT) sobre a composição de chapa para as eleições, levando o partido a apoiar a candidatura de ACM Neto (UB). Questionado sobre o retorno gradual do partido a base petista na Bahia, Cajado minimizou os danos.

"Faremos a convenção na sexta (26), espero que consigamos arrumar o partido e façamos novas filiações, robustecer a nossa agremiação partidária no sentido de trazermos bons quadros para o partido para disputar as eleições. Seis deputados estaduais do partido já estão apoiando o governador Jerônimo Rodrigues (PT), mas o partido institucionalmente não teve nenhuma conversa por enquanto, não sei se futuramente ocorrerá um apoio oficial. A época, fui contrário ao rompimento do partido com a base do governo, quando de fato houve uma situação mal encaminhada após um anúncio do senador Jaques Vagner, mas nada que não pudesse ser resolvido com diálogo, infelizmente o partido resolveu romper, apoiando a candidatura de ACM Neto, foi bom para o partido, pois ele cumpriu com os acordos, com isso, elegemos 6 deputados estaduais e 4 federais, graças a parceria com o União Brasil. Do ponto de vista político, perdemos o governo do Estado, com os deputados apoiando o governo de forma não oficial, criando essa distensão".

Quando indagado sobre suas pretensões para 2026, com a abertura de duas vagas pelo PT para o Senado Federal, Cajado ficou no meio termo, disse que ainda está muito longe, mas ao mesmo tempo não descartou a possibilidade.

"Não estou pensando nisso, mas também não descartarei, vamos aguardar as definições do partido para encaminharmos no futuro essas possibilidades, por enquanto, não foi discutido internamente, vamos aguardar os caminhamentos para que possamos pensar nisso, está muito longe, muita água ainda vai rolar", concluiu.

Reportagem Luiz Santos  e Ana Meire Dias 

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Elisabeth da Costa Há 2 anos Feira de Santana Engraçado que quem deveria dizer se é bom ou é uma bomba o tal arcabouço fiscal deveria ser um técnico ou uma técnica renomada na área da economia. Discordo da posição do deputado pois o projeto é nada mais nada menos do que uma maneira de estourar o teto de gastos e colocar o Brasil no rool das dividas a curto e longo prazo. E Nesse toma lá da cá das emendas parlamentares, quem sobra é o povo!
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