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Em cerimônia de entrega de novas viaturas em Feira, autoridades reforçam o protagonismo das instituições no combate a criminalidade

Sexta (13)

13/01/2023 12h02 Atualizada há 3 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Foto: Alberto Maraux / SSP-BA
Foto: Alberto Maraux / SSP-BA

Aconteceu na manhã desta sexta (13) em Feira de Santana, uma solenidade de entrega de 27 novas viaturas que auxiliarão no policiamento da Região Metropolitana de Feira. Estiveram presentes o deputado federal Zé Neto (PT), o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, o comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, entre outras autoridades.

Com investimento de mais de R$ 1,3 milhão, foram adquiridas 27 novas viaturas, dentre elas uma semi-blindada e 19 motocicletas. Entre as unidades beneficiadas estão a Rondes Leste, 64ª e a 66ª Companhias Independentes de Polícia Militar (CIPMs) e Ronda Escolar.

Em entrevista ao Conectado News, o deputado Federal Zé Neto, destacou o trabalho das forças de segurança, comentou sobre a instalação de uma delegacia da Polícia Federal em Feira de Santana e também sobre os atos antidemocráticos em Brasília.

"Estamos trabalhando muito na segurança pública, inclusive no sentido de trazer para Feira uma Delegacia da Polícia Federal, penso ser importante trabalhar com inteligência, e a Polícia Federal em Feira ajuda a Polícia Militar, Civil, podendo juntas fazer um trabalho mais consistente. Hoje entregaremos 27 veículos, sendo 19 motocicletas e oito carros. Ontem conversei com o Governador Jerônimo Rodrigues sobre isso, entendo que não foi boa a fala do prefeito, trazendo ainda mais dificuldade para o que não está fácil, temos uma cidade que é um entroncamento rodoviário, as drogas tomaram o país, novas correntes que não atuavam na Bahia, hoje atuam nacionalmente, há uma disputa na cidade que precisa ser enfrentada toda ela com aparato policial, mas também com a preservação dos nossos jovens, algo que deve ser feito com políticas sociais, dando as mãos. Mês que vem, retomamos os CISP (Comitê Interinstitucional em Segurança Pública do Estado da Bahia), reunindo as polícias Militar, Civil, Rodoviária, Ministério Público, Judiciário, Comércio, representações dos trabalhadores, para que possamos sentar com quem pensa e atua no dia a dia da segurança pública, inclusive o município para que tenhamos  cada dia mais condição de enfrentar as dificuldades da cidade dialogando, e não fazendo palanque, estamos fazendo a entrega de novas viaturas e também trazendo novos aparatos, especialmente na parte de inteligência".

O deputado reforçou o protagonismo das instituições brasileiras no combate aos atos em Brasília.

"Existem pessoas que estão sendo investigadas do Brasil inteiro, inclusive aqui de Feira. Minha atitude é a seguinte: quem tem de agir com todo o vigor é a lei, as instituições do Estado, se começarmos a fazer disso uma fala mais política, não ajuda, a fala deve ser mais institucional, que possa de fato fazer com que as instituições que foram agredidas deem uma resposta à altura", concluiu.

Secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner

CN - Como avalia os índices de violência no Estado? 

Marcelo Werner - Tenho 18 anos trabalhando na Polícia Federal na Bahia, assumindo agora um grande desafio na segurança pública, vamos tentar continuar os bons trabalhos, os índices que estão baixos, vamos trabalhar com muita inteligência, modernidade com policiamento ostensivo sistêmico para poder diminuis os índices. 

CN - Como fazer investimentos e tratar a Polícia da Bahia de forma que dê resultado? 

Marcelo Werner - Como secretário, vou capitanear a Secretaria de Segurança Pública para as quatro instituições: Polícia Civil, Militar, Departamento de Polícia Técnica e Corpo de Bombeiros, temos que tratar todas com a mesma importância, trabalhando com investimento, buscando as melhores condições de trabalho e os melhores resultados para toda a sociedade baiana. 

CN - Sobre os índices de criminalidade em Feira de Santana?

Marcelo Werner - Estamos acompanhando essa guerra interna de uma organização criminosa, e assim que obtivemos informações já trabalhamos com a maior rapidez possível para que pudéssemos conter os eventos que aconteceram no presídio e nas ruas.

CN - Como tem sido a atuação da SSP em relação as manifestações políticas na Bahia? 

Marcelo Werner - Desde domingo passado tivemos aquele ato antidemocrático de violência e vandalismo aos Três Poderes, começamos a monitorar e acompanhar a situação da Bahia, cumprimos a decisão do STF (Superior Tribunal Federal) para desocupar os pontos que ainda haviam resistência antidemocrática, de imediato posicionamos e reforçamos o policiamento em áreas de interesse, em representações dos Poderes, na Justiça, Legislativo e nos pontos turísticos da cidade acompanhando com trabalho de inteligência para se antecipar a eventuais atos como aqueles.

Comandante Geral da PM Paulo Coutinho

O Comandante Geral da PMBA, coronel Paulo Coutinho, parabenizou e reforçou o protagonismo da da Polícia Militar na redução dos índices de violência no Estado.

"Tem sido para nós um desafio gratificante, sobretudo, com o envolvimento de sociedade e tropa, e o resultado que temos, parabenizo todo o efetivo da região pelos números alcançados no ano de 2022, com a redução de 13% nos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLI) e que isso é muito bom para segurança pública como um todo, e dizer que a Polícia Militar vai continuar incessante no dia a dia, junto com a Polícia Civil da Bahia tentando levar cada vez mais uma segurança qualificada a todos os rincões do Estado".

CN - O Sr. era cotado para assumir a SSP. Qual o seu sentimento com a indicação de Marcelo Werner?

Paulo Coutinho - De dever cumprido, continuo Comandante Geral e muito satisfeito com a chegada de Marcelo Werner, houve muita exploração com relação a essa situação, quem define a missão é o governador do Estado, estou muito feliz e satisfeito como comandante geral da corporação. 

CN - Qual o posicionamento da PMBA sobre policiais, sejam da ativa ou da reserva que participam de atos antidemocráticos?

Paulo Coutinho - Atos antidemocráticos não cabem a qualquer cidadão, muito menos na condição de policial militar, qualquer um deles que esteja envolvido e comprovado o seu envolvimento, será responsabilizado administrativamente na corporação. 

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CN - O efetivo da PM em Feira de Santana, é o suficiente para atender o município?

Paulo Coutinho - Gostaria de deixar bem claro, existe esse tabu de sempre se questionar o efetivo. O efetivo ele sempre é bom, por isso existe uma programação do Estado em aumentar, estamos formando no próximo trimestre 1.600 policiais a mais, entrando mais 2 mil em formação, e já formamos 917 ano passado, em dois anos estamos formando 4.500 policiais militares, uma história de recomposição do efetivo nunca visto em nosso Estado, no último ano se aposentaram 550, além da questão numérica, existe a vontade e atitude, o que não falta aos policiais militares da Bahia.

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão

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