O diagnóstico do câncer não é fácil. O médico urologista Dr. Antônio José, explicou em entrevista ao Programa Levante a Voz, que o diagnóstico do câncer pode abalar o emocional dos homens.
“É muito impactante. É uma das piores notícias que o paciente pode receber é quando se dá um diagnóstico de câncer, independente qualquer câncer, é uma notícia que alguns pacientes entram em desespero, porque na verdade as pessoas pensam que se teve câncer já vai morrer. Então a gente tem que explicar, tranquilizar o paciente, porque realmente é muito impactante para a vida do homem.”, afirmou.
Dr Antônio José explicou que o tratamento do câncer de próstata em estágio inicial consiste em cirurgia e radioterapia. “Antes de tudo temos que falar sobre os fatores de risco, digamos que essa pessoa tem histórico familiar, pessoas afrodescendentes, a idade pacientes a partir de 65 anos de idade tem maiores chances de ter o câncer da próstata, e tem a obesidade. Diante de tudo isso a gente procura orientar o paciente, se ele tem fator de risco ele faz o exame aos 45 anos de idade, se não tem nenhum fator de risco faz exames a partir de 50 anos. A gente orienta fazer esses exames, porque as chances de você pegar o câncer na fase inicial é muito grande e quando você consegue pegar o nessa fase inicial a chance de cura é de mais de 90%. O tratamento do nosso meio consiste em cirurgia e radioterapia, na fase inicial quando você pode curar o câncer. A cirurgia nós chamamos de prostatectomia radical, é uma cirurgia que tira não só o adenoma, como tira a próstata e as vesículas seminais. Tem também a radioterapia, nesses casos eu estou falando de tratamentos curativos, no qual a chance de cura é grande. Hoje já se faz na Bahia a cirurgia robótica e tira a proposta através de robôs, em Salvador já tem pessoas qualificadas que fazem isso, agora o acesso já é mais difícil.”.
Nos casos dos pacientes que detectam o câncer em estágio avançado, a única alternativa é o tratamento paliativo.“ Quando o câncer já está disseminado já tem metástase, vai para os ossos, etc, já não tem mais o tratamento curativo, a gente tem o tratamento paliativo, a gente faz hormonioterapia, porque esse câncer depende muito do hormônio, a testosterona. Na maioria das vezes esse câncer é hormônio-dependente, então você tem que tirar o hormônio do organismo do paciente e esse câncer enfraquece e você tem uma chance de dar uma sobrevida, não é cura, mas uma sobrevida. Em outros casos você tem que fazer até quimioterapia e esses são os casos mais graves, mas nesses casos a gente vai dar uma sobrevida ao paciente, pois a cura não existe, porque o paciente já identificou esse câncer numa fase avançada e não tem como curar e a gente procura o tratamento paliativo.”.
Reportagem Jessica Campos
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