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Brasil Paralisação

Líder do movimento dos caminhoneiros diz não aceitar resultado das urnas e defende intervenção militar

José Roberto Stringasci

01/11/2022 10h50 Atualizada há 3 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Internauta
Internauta

Os bloqueios de rodovias por bolsonaristas que protestam contra os resultados das urnas na votação de domingo (30) para a Presidência da República entraram no segundo dia nesta terça-feira (1º). Balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desta manhã indicava 271 pontos com vias obstruídas.

Em Feira de Santana- Bahia, caminhoneiros fecharam a BR 116, na noite de segunda feira 31, no bairro Cidade Nova próximo a Passarela Conceição Lobo. A via foi liberada nas primeiras horas da manhã da terça (1).

Em entrevista ao Conectado News, um dos líderes de Associação de Caminhoneiros, José Roberto Stringasci, disse que a paralisação está sendo feita pelo povo e não pelas entidades representantes dos caminhoneiros, que pessoalmente apoia intervenção militar e não acredita no resultado das urnas.

"Não existe uma entidade que estaria apoiando, o que estamos percebendo, é que há muito gente como em 2018 tentando usar o nome da categoria novamente, há vários motoristas que estão nos movimentos por conta própria, porque não concordaram com o resultado das urnas. O que está acontecendo, é a população estar nas ruas, estou na região do Mato Grosso do Sul, município de Água Boa, houve um fechamento aqui, que não foi feito por caminhoneiros, e sim pela população, com apoio dos caminhoneiros, porque sabemos em que todas as categorias existem pessoas que são a favor do Lula (PT), a favor do Bolsonaro (PL), santistas, palmeirenses e em nossa categoria não é diferente. O único problema é que estão tentando direcionar essa paralisação para a categoria dos caminhoneiros específicos, quando na verdade foi o povo que está se manifestando por não ter aceitado o resultado e que existe uma grande possibilidade de fraude realmente. Me chegou uma informação ontem à noite, que até amanhã será resolvida toda essa situação, espera-se um pronunciamento do presidente da República, dar uma posição à nação".

CN - Você particularmente concorda com o manifesto?

José Roberto - Eu como brasileiro, sou a favor de uma intervenção militar, que as Forças Armadas assumam o controle do país, porque politicamente vejo que não temos meios de resolver essa situação no Brasil, está mais do que notório de que os nossos políticos, desde que o país voltou para as mãos do povo civil, não soubemos cuidar, se instaurou a corrupção, o roubo nesse país, o brasileiro poderia estar muito melhor de vida, todos nós, mas devido a tanto roubo e corrupção, desvio de dinheiro, tanta mentira, nosso Brasil vem sendo saqueado desde quando foi descoberto, politicamente não tenho esperança de mudança com menos de 40 anos, acredito que o Brasil não suportará mais 40 anos com essa patifaria, roubalheira, que existe nesse país. 

CN – Concorda com o resultado das urnas?

José Roberto - Não concordo porque desde 2012, denunciamos fraudes nas urnas, existem algumas pessoas que denunciaram com documentos, com tudo. Só que tentaram calar, matar a pessoa 11 vezes. Essa pessoa pôs o nome de muita gente envolvida, no entanto ninguém pensa em prendê-lo por que ele possui provas das fraudes, entregou nas mãos de autoridades, mas está parado, ninguém tocou o processo para a frente, sabemos que as urnas foram fraudadas desde 2012, a minha situação fica complicada, com certeza se usaram os mesmos sistemas de 2012 há algo de errado com as urnas.

CN - O que motiva a sua desconfiança nas urnas?

José Roberto - Você sabe que um bom hacker é capaz de acessar qualquer sistema, e para isso, manipular o resultado é a coisa mais fácil do mundo, se conseguem invadir a segurança de um país, quanto mais uma urna eletrônica. Essa é uma questão muito polêmica, há as autoridades que tem de julgar, as provas, cremos que há um pelotão de pessoas capacitadas para verificar as urnas e trazer um veredito nessa questão, pessoas que trabalham na área de informática, internet que esclarecerão nos próximos dias, é isso que estamos aguardando.

CN - Não é incoerente dizer ser a favor da democracia e ser a favor de intervenção militar e fechar as rodovias?

José Roberto - Sou a favor de uma intervenção militar, a democracia eu apoio, não essa disfarçada que temos hoje no país, que não existe. Se alguém do povo falar o que é preciso, é processado. Como povo, pobre e trabalhador, não existe democracia para o povo brasileiro.

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão

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