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Feira de Santana Superação

História de superação da influencer Laís Ponce mostra que é possível virar a chave e mudar de vida quando se tem força de vontade e disciplina

Atualmente com 68kg, chegou a pesar 130 kg

11/09/2025 15h34 Atualizada há 4 horas
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

Por Hely Beltrão

Já contamos neste espaço inúmeras histórias de superação, de gente simples, que resolveu virar a chave e mudar de vida. Hoje traremos o relato a respeito da modelo e digital influencer Laís Ponce, que por amor próprio e àqueles que ama, decidiu que era hora de enfrentar seus medos, ansiedades e fazer uma transformação em sua vida. Ao Conectado News, Laís contou como saiu dos 130 kg e chegou aos 68 atuais.

"Minha maior motivação foi a minha filha Sofia, hoje com 8 anos, mas quando optei por fazer a cirurgia bariátrica, tinha 6, tempo em que me pedia para brincar com ela e não conseguia, hoje tenho 30 anos, passei por cirurgia aos 28, onde já estava bem debilitada, sentia muitas dores, sempre fui uma gordinha muito ativa, praticava atividade física, nunca me deixei de lado, mas, tive um alto grau de ansiedade, entrei em compulsão alimentar, com isso chegando a pesar 131 kg, não conseguia mais sentar para brincar com a minha filha, correr, brincar com uma criança de 6 anos, essa foi a minha maior motivação, viver para dar uma infância a minha filha, ter esses momentos, essas memórias chave, depois vieram todas as outras, quando percebi estava com artrose no quadril, não conseguia mais fazer exercício, meus índices estavam todos altos, estava pré-diabética, pressão alta, estava uma bomba relógio a ponto de explodir a qualquer momento e deixar esse mundo".

Pessoas acima do peso são comumente vítimas de preconceito. Sobre isso, Laís disse que nunca passou por essas questões e que sempre manteve sua autoestima em alta.

"Não passei por isso ativamente porque sempre fui defensora da causa, antes de engordar, eu era bem magrinha, tinha o corpo que tenho hoje, então engravidei da minha filha, tive hipotireoidismo (doença na qual a glândula tireoide produz uma quantidade insuficiente de hormônios tireoidianos (T3 e T4), responsáveis pela regulação do metabolismo, resultando em uma lentidão das funções corporais e sintomas como fadiga, ganho de peso, frio e depressão)  durante a gravidez, por isso não pude tratar, e engordei 40 Kg durante a gestação. No pós gestação vivia lutando contra a balança para emagrecer, mas não conseguia, oscilava entre 85 a 90 kg. Nisso, comecei a trabalhar como modelo Plus Size em Feira de Santana, sendo a primeira a trabalhar nas lojas do município, sempre trazia essa questão da autoestima, da mulher se amar como é, com o corpo real, no manequim 48 estava tudo bem, ainda me sentia bonita, porém, durante a pandemia, tive um aumento de peso considerável, quando saí dos 90 para os 130, que as coisas começaram a ficar difíceis, sentia dificuldade para respirar, andar, mas nunca sofri preconceito, muito pelo contrário, fui enaltecida por estar ali, representando mulheres gordas. Gordo não é uma ofensa, é só um estado físico, o o contrário de bonito é feio, e não gordo, ou seja, um corpo gordo tem também o seu lugar quando é saudável,porém, passei para um estado onde não era mais saudável, entrei em uma situação na qual estava doente mesmo, seja psicologicamente, pois estava com compulsão alimentar, emocionalmente, fisicamente, não passei muito pela questão do preconceito, mas criei essa consciência em mim no momento que vi minhas taxas e vpi que cheguei em um nível onde estava me fazendo mal, por isso, corri atrás de dar um jeito, como estava com artrose no quadril e não podia fazer exercícios físicos, tive de fazer a dieta para  entrar no peso a fim de fazer a cirurgia bariátrica, que ocorreu em novembro de 2023, há 1 ano e 10 meses depois, estou aqui, já bati minha meta de peso, perdi 66 kg, voltei ao meu peso normal, hoje  saudável e correndo atrás de continuar levando auto-estima para as mulheres, a fim de mostrar que elas podem sim reescrever sua própria história, participar de um concurso de beleza e em qualquer momento da vida melhorar por elas e por quem amam".

Representatividade

Foto: Arquivo Pessoal

"Foi uma surpresa muito grande, porque fui convidada a participar por uma equipe de uma conceituada loja de roupas femininas da cidade, entrou em contato comigo, não foi uma decisão minha procurar um concurso e participar, porque há muitos anos que não participava de um concurso de beleza, sentimos uma insegurança por vários motivos, a idade, pois não sou mais uma garotinha, as meninas que estão correndo tem faixa etária entre 20 a 25 anos, possuo 30, sou uma mulher madura, pela questão também da cirurgia bariátrica, pois, por mais que esteja magra, não sou mais considerada uma mulher padrão, por conta dos efeitos da cirurgia no meu corpo, que pesava 130 kg, por mais que agora pese 68 kg, ficam as marcas da flacidez, meu peito cedeu, estrias apareceram no meu corpo, nada absurdo, temos que levar em consideração que é um concurso de beleza, isso causa insegurança porque estamos lidando com mulheres impecáveis, inclusive a minha concorrente é uma moça que não teve filhos, ou seja, o corpo dela está perfeito, nunca foi mexido. Quando me convidaram, já tinha esse ar de representatividade das mulheres reais, que assaram por algum tipo de dificuldade e não se deixaram abater, por isso, resolvi colocar cara a tapa e aceitar, me colocaram para concorrer com a participante mais forte e com maior número de seguidores. Só de estar concorrendo e estar entre as 12 finalistas, me sinto vitoriosa". 

Mensagem

"A mensagem que deixo para todas as pessoas é que se olhem no espelho, se o que você vê lhe agrada, então está tudo bem, ninguém tem nada a ver com isso, mas, se no fundo do seu coração, sente que precisa mudar, que alguma coisa te faz mal, não tenha medo de recomeçar quantas vezes forem necessárias, porque a diferença entre o vencedor e o perdedor é aquele que apesar de ter caído, volta de novo e tenta mais uma vez até alcançar o objetivo, foi o que fiz, por isso, desejo as pessoas muito amor próprio e autoestima para que consigam se levantar, dar o primeiro passo e não voltar atrás, como diz aquele ditado dos tempos dos nossos avós, “uma caminhada de mil passos começa com o primeiro, se tiver dificuldade, pare um pouco, respire, se estiver com medo, vai com medo mesmo, porque só vivemos uma vez, estamos aqui para sermos felizes e ter o melhor dessa vida".

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