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TCU decide investigar obras na mansão usada pelo ex-presidente da Caixa

Pedro Guimarães teria usado empresa que presta serviços para o banco na reforma do imóvel de luxo

18/08/2022 10h28 Atualizada há 3 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Valter Campanato | Agência Brasil
Valter Campanato | Agência Brasil

O TCU (Tribunal de Contas da União) vai investigar as obras realizadas na mansão onde morou o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em Brasília. A decisão se baseia em reportagem publicada pela Folha, em julho, que mostra como o banco custeou a instalação de postes de luz no jardim do imóvel de luxo, que era alugado.

Figura próxima ao presidente Jair Bolsonaro, Pedro Guimarães deixou a presidência da Caixa após ser acusado de assédio sexual por funcionárias da instituição.

Segundo a reportagem, ele teria usado na reforma uma empresa que presta serviços há 25 anos ao banco, na manutenção predial das agências.

A abertura da investigação segue recomendação do Ministério Público do TCU. O subprocurador Lucas Furtado disse que os gastos “revelam prática incompatível com as novas exigências da sociedade, cujos parâmetros morais também devem ser levados em conta”.   

De acordo com Furtado, as obras podem ter atendido ao interesse privado, com ofensa aos princípios da moralidade, da impessoalidade e da legalidade e representam, assim, realização de despesas irregularidades.

O advogado de Pedro Guimarães, José Luis Oliveira Lima, disse em julho que as obras foram autorizadas pelo setor de segurança após o ex-presidente da Caixa, na ocasião, receber ameaças.

A Caixa justificou que os gastos envolvendo a segurança do então presidente da Caixa são previstos em normas internas.

Os Ministros do TCU anexaram a decisão a outro processo aberto a pedido de parlamentares.

Numa troca de mensagens, a então diretora-executiva de Logística e Segurança da Caixa, Simone Benevides de Pinho Lima, aparece autorizando a ida de funcionários da EMIBM para realização da obra na mansão alugada por Guimarães. Questionada depois pela reportagem, ela disse que tudo ocorreu” dentro dos trâmites legais”.

A EMIBM tem uma série de contratos com a Caixa. O registrado em junho é no valor de R$ 16,3 milhões, segundo a Folha.  

Fonte: A Tarde

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