Como já publicamos aqui, a política é realmente a arte de unir inimigos e separar amigos e, neste segundo turno da eleição, ficou mais que evidente em Feira de Santana, pois desde as primeiras horas de segunda-feira (16/11), depois das apurações dos resultados que colocou frente a frente Zé Neto (PT) x Colbert Martins (MDB), as articulações não pararam chamando velhos amigos a retornarem ao ninho ou permanecerem unidos nesses momentos finais.
Eles se encontram em restaurantes luxuosos aqui em Feira ou em Salvador, para rodinhas de conversas onde fazem acordos, articulações por telefone ou via aplicativo e nós não sabemos o conteúdo desses diálogos, mas confesso que eu gostaria muito de saber o que se trata, quais acordos foram firmados entre eles e se realmente são assuntos que envolvam a coletividade, ou seja, o interesse do povo.
Nessas conversas e acordos políticos, o que se viu no primeiro turno foi todos os candidatos se atacando. Porém, a coisa mudou para alguns nesse momento e de maneira radical. Aqueles que diziam que candidato A ou B era ruim ou péssimo, mudou de ideia, achando que o ruim ficou bom e péssimo ficou ótimo.
Vejam só como ficou o cenário de apoio:
Arimatéia (PRB) 3º colocado e Carlos Geilson (Podemos)5º colocado, apoiam Colbert Martins. Já o deputado cassado Targino Machado, principal apoiador de Geilson e Deibson Cavalcante, respectivamente candidato a vice ,vão apoiar Zé Neto (PT). Roberto Tourinho (PSB) também apoia Zé Neto e acredito que é uma decisão coerente até porque o seu partido é irmão siamês do PT. Dayane Pimentel (PSL),foi taxativa ao afirmar que prega mudança e por isso não vota em hipótese alguma em Colbert (MDB),deixando entender que não fará campanha aberta para o outro candidato, mas no entanto deixou transparecer que vai mesmo é com o candidato do PT.
Na minha óptica, diante das escolhas dos candidatos que disputaram as eleições no domingo passado e não lograram êxito, Geilson acabou se queimando politicamente com essas idas e vindas. Um dia perde para deputado estadual, abandona o grupo e vai para oposição, aliando-se ao grupo do governo Rui Costa. Depois perde as eleições para prefeito e no outro dia volta chorando para o grupo do qual ele foi forjado politicamente. Perece um menino quando alguém toma a bola. Já Dayane Pimentel acabou ficando em cima do muro e isso não é bom para nenhum político, até porque nesse mundo da política, não pode existir neutralidade, ou é ou não é. Não pode ter medo de tomar decisão. Tem que ter lado.
Como o tempo é corrido nesse segundo turno, vamos dar o pouco tempo que nos resta para saber quem fará a escolha certa e caberá ao povo decidir qual dos dois candidatos será o melhor pra Feira. Espero também que a população feirense não seja massa de manobra.
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