Não é só nas periferias.

Ao longo dos anos, nos acostumamos com as batidas (abordagens policiais), as blitzs nas periferias, nos becos , vielas e favelas brasileiras. Essa é a maneira como os polícias chegam invadindo as casas, de armamento em punho, a procura de drogas(ilícitas), armas e de supostos traficantes.

No entanto, as drogas, as armas clandestinas não estão apenas na periferia onde moram, em sua grande maioria, os pretos e pobres, aqueles esquecidos pelas autoridades brasileiras, sejam elas política, judiciária ou policial.

Mas as drogas não estão apenas nas periferias. Elas também podem estar nos condomínios luxuosos, nas áreas nobres das cidades onde mora a classe A. Nesses locais, as abordagens policiais são diferentes e os agentes só entram com ordem judicial. O crime não está relacionado único e exclusivamente aos pretos e pobres. Os crimes estão em todas as classes e posso garantir que, se as autoridades tiverem interesse em investigar, vão encontrar grande quantidade de drogas, armas, hackeres, homicidas, mandantes dos mais diversos crimes, até porque eles têm condições de comprar, ou seja, tem o chamado "poder de fogo".

Na última segunda feira( 24/08), a polícia esteve no conjunto Villa Olímpia(Feira de Santana), em um condomínio de classe média alta, sem nenhum estardalhaço, nenhuma operação espetacular, sem chamar atenção da vizinhança e prendeu um jovem "playboy" de 25 anos, com um carro roubado, armas de grosso calibre, coletes a prova de bala, um verdadeiro escritório do crime. Se fosse na favela, no mínimo a fotografia e o nome completo do acusado seriam divulgados ou aconteceria a famosa "troca de tiros" morte por alto de resistência.

Não estou defendendo que a polícia deveria chegar no Villa Olímpia arrombando portas, deflagrando tiros, pois não sou daqueles que entendem que bandido bom é bandido morto. Estou defendendo direitos iguais para todos. A mesma tática usada nas áreas nobres sejam usadas nas favelas.O mesmo tratamento que dão aos brancos e ricos dêem a nós, pretos e pobres pertencentes as classes baixas.

ConectadoNews
Por Luiz Santos
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