Não podemos subestimar

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou na noite de sexta feira (11), a pré-candidatura daquele que poderá vir a ser seu sucessor no governo da Bahia de Jorge Amado. Trata-se do professor da Universidade Estadual de Feira de Santana e atual Secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, da mesma sigla do atual governador, o Partido dos Trabalhadores (PT).

Jerônimo, para alguns, pode até ser considerado um neófito na política partidária. De fato, nunca concorreu a qualquer cargo eletivo, porém, é um sujeito dos movimentos sociais. Durante anos militou no Movimento de Organização Comunitária (MOC), e desbravando por esse sertão baiano conhece de perto as necessidades desse povo, em especial dos mais carentes.

Nesse momento Rodrigues aparece como um daqueles jogadores reserva de um time da segunda divisão que vai enfrentar um jogador com larga experiência e que tem no DNA a política que é ACM Neto (União Brasil). Não será um jogo fácil para o neófito, mas nada é impossível, nunca devemos subestimar a capacidade do ser humano, principalmente nos momentos de dificuldades, isto é, na política não tem adversário fraco ou “cachorro morto”. Quem pensar assim, erra. 

Dizem que “se conselho fosse bom, seria vendido”. No entanto, não custa lembrar àqueles(as) que possam estar cantando de galo que é melhor calçar a sandália da humildade e começar a “comer poeira", visitar os 417 municípios desta imensa Bahia, escutar muito, planejar, unir, aglutinar as bases [...], porque, na história do futebol, assim como na política, já se viu muitos times virarem o placar nos últimos minutos do segundo tempo e “jogar água no chopp” do adversário.

Agora justiça seja feita, caso Jerônimo Rodrigues chegue ao pódio, com todo respeito merecido, tanto aos caciques do PT baiano, quanto ao pré-candidato lançado pelo partido, é, na nossa modesta opinião, transformar um “poste” em uma hidroelétrica. Resta-nos aguardar os acontecimentos. Daqui, continuamos com a bússola girando, buscando e levando informações até você(s).

Por Luiz Santos radialista e jornalista