As mulheres estão à frente de muitas profissões, com grande carga de estereótipos, a profissão de caminhoneira, por exemplo, faz com que as profissionais carreguem, além de mercadorias no caminhão, o peso do machismo que enfrentam em cada canto do país.
As mulheres representa apenas 0,5% do total de caminhoneiros do Brasil, segundo estimativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Nesta terça feira 8, data que comemora- se o Dia Internacional da Mulher, o Conectado News entrevistou a caminhoneira baiana e digital Influencer Michele Dabiny 40 anos que dirige um um caminhão 540 Cavalos, ela contou como surgiu a inspiração para a profissão.
Ao CN Michele disse,” a profissão surgiu em minha vida, não tive pai, mãe ou parentes que me inspirasse para trabalhar no segmento", conta.
“Esse amor pelo caminhão veio depois que casei com meu esposo, o primeiro dia que coloquei meus pés em uma boleia de um caminhão, nunca mais quis fazer outra coisa”, revela Dabiny.
“Minha profissão é uma coisa que amo fazer, hoje sou muito feliz e não troco por outro trabalho”, destaca.
Questionada se já desenvolveu outras profissões, a caminhoneira afirmou, "sim trabalhei, quando saí do município de Caldas do Jorro-Bahia aos 18 anos , fui embora sozinha com uma mochila nas costas trabalhar em São Paulo, por muito tempo fui babá, auxiliar de escritório, hospitais com crianças com câncer, restaurantes, não me arrependo de nada, porque trabalhei com honestidade”, disse.
"Sou caminhoneira com muito orgulho”, declarou.
Michele Dabiny ,é digital influencer e gosta de estar sempre bem apresentada, conquistou mais de 1 milhão de seguidores no instagram .
"Sou vaidosa, gosto de me vestir bem, passar pelos lugares e perceber as pessoas me acharem bonita. Não tenho tempo para ir em uma academia, porque minha casa é o caminhão”, diz.
Segundo ela,os empresários tem se aperfeiçoando, hoje em dia as pessoas tem aceitado as mulheres na boleia de um caminhão, isso é muito bom”, relata.
Quando quebra o caminhão?
"Quando acontece quebrar o caminhão tem o computador de bordo que informa o que está acontecendo, não é difícil, mas cada vez aprendemos alguma coisa nova.
Perguntada se já sofreu algum tipo de descriminação, a profissional disse, "não, nem nas redes sociais nem nos postos combustíveis, finalizou.
Reportagem Emanuelle Pilger e Ana Meire Dias
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