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Tentativas de fraude no comércio eletrônico têm queda no Brasil, diz estudo

A participação das tentativas de fraude no total de pedidos feitos no comércio

03/02/2022 18h00 Atualizada há 4 anos
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto Divulgação
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 Em estudo, serviço antifraude Konduto/Boa Vista calcula ter evitado no ano passado, mais de R$ 7,2 bilhões em prejuízos, em cerca de 25 milhões de tentativas de fraude.

 Embora as tentativas de fraude tenham representado 0,94% dos pedidos no comércio eletrônico (contra 2,07% em 2020), tíquete médio das “compras fake” subiu 2,8 vezes, para R$ 321, enquanto compras dos clientes comuns subiu apenas R$ 4.

A participação das tentativas de fraude no total de pedidos feitos no comércio eletrônico brasileiro diminuiu entre 2020 e 2021, passando de 2,07% para 0,94%, de acordo com o Raio-x da Fraude, relatório elaborado pela Konduto, vertical de antifraudes da empresa de inteligência analítica Boa Vista. O valor das tentativas de compras “fake” representou 1,35% do valor transacionado no ano passado contra 3,07% em 2020.

Em números absolutos, as tentativas evitadas pelo serviço Konduto de fraude aumentaram 66% em 2021, atingindo 25 milhões, contra 15 milhões de golpes frustrados no ano anterior. Estas tentativas evitadas somaram R$ 7,27 bilhões, ante R$ 3,5 bilhões em 2020, ou seja, os valores envolvidos mais do que dobraram. O “tíquete médio” das fraudes abortadas subiu 3,8 vezes, de R$ 289,21 em 2020 para R$ 321,77 no ano passado. Já o valor médio das compras reais ficou praticamente estável, passando de R$ 116,96 para R$ 122,66 de um ano para o outro.

“Os números mostram principalmente que a quantidade de vendas não fraudulentas tem aumentado exponencialmente nos últimos anos, movimento impulsionado pela pandemia, uma situação que contribuiu para que os consumidores utilizassem, com cada vez mais frequência o e-commerce para realizar compras habituais. Por isso, mesmo com grande aumento do volume e, ainda mais, dos valores envolvidos nas fraudes evitadas a participação das compras ‘fake’ caiu em relação ao total”, explica Tom Canabarro, Diretor de Soluções Antifraude da Boa Vista Serviços.

“Mas estes números também mostram que o nosso serviço de combate às fraudes no comércio eletrônico, que é baseado na análise do comportamento dos golpistas, somada à inteligência artificial, aumentou a sua eficiência. Em 2021, aumentou em 92% o número de pedidos que analisamos, mas a participação daqueles que eram fraudulentos em relação ao total caiu”, completa Canabarro. 

Conhecer os hábitos do fraudador é fundamental

Verdadeiro mapa do comportamento dos fraudadores brasileiros, o Raio-X da Fraude da Konduto/Boa Vista mostra o quanto é importante conhecer os detalhes de seu “modus operandi”. Em 2021, por exemplo, o número de ataques realizados pelo celular representou 70% das tentativas, contra 62% em 2020 e apenas 20% em 2016. “Assim como o consumidor tem utilizado, cada vez mais o celular para realizar suas compras, os fraudadores seguem o mesmo caminho, deixando o uso de computadores em segundo plano”, afirma o diretor da Boa Vista.

Ao mesmo tempo em que os celulares se destacam como favorito dos fraudadores, o navegador Google Chrome tem sido a plataforma preferida para as compras (77,5% do total) – e também para as fraudes (59%). No entanto, o Raio-X da Fraude mostra um crescimento preocupante das fraudes praticadas usando o Firefox. Respondendo por apenas 1,69%% dos pedidos totais, este navegador foi utilizado em 25,4% das compras “fake”.

Viagens são o pedido preferido dos golpistas

O relatório da Konduto/Boa Vista mostra ainda as semelhanças e diferenças entre o comportamento do fraudador e o do consumidor comum. Os dias com maior volume de vendas, assim como das tentativas de fraudes é de segunda a sexta-feira. Ao contrário do que se poderia imaginar, os fraudadores (como os clientes normais) evitam fazer pedidos durante a madrugada – o horário preferido para compras, assim como para golpes, é entre o meio-dia e a meia-noite.

As diferenças começam no valor médio dos pedidos feitos por golpistas e consumidores e chegam ao produto preferido em cada um dos grupos. As viagens, itens em geral mais caros e mais fáceis de repassar a terceiros, são as preferidas dos golpistas (27,5% do total), enquanto os consumidores comuns preferem acessórios e utilidades (28,69%) e alimentos e bebidas (24,65%).

Mapa da fraude por Estados

O levantamento mostra ainda em que Estados brasileiros acontecem mais fraudes. Como maiores mercados, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais concentram mais de 60% das compras (e das fraudes). Mas houve uma mudança importante na divisão entre os três Estados, comparando os dados de 2020 e do ano passado. 

O Rio de Janeiro, que no ano anterior tinha quase tanta participação nas fraudes (10,5%) quanto no total de pedidos (11,6%) em 2021 viu sua participação no bolo nacional crescer mais (para 24,9%) nas vendas reais do que nos golpes (14%). 

São Paulo, por outro lado, viu inverter o quadro de participação nas compras reais versus fraudes. Se em 2020 o Estado tinha participação no quadro nacional nos pedidos dos consumidores (34,9%) do que nas tentativas de fraude (27,6%), no ano passado este retrato se inverteu – São Paulo passou a participar com 36,67% das fraudes nacionais, contra 36,16% de participação nas transações reais. 

Já Minas Gerais teve um crescimento maior em sua fatia dos pedidos dos consumidores comuns (de 10,23% para 15,13%) do que no seu quinhão nas tentativas de fraudes feitas no País – foi de 8,80 % em 2020 para 12,41% em 2021.

“Todas estas nuances são importantes de serem conhecidas. Este conhecimento, além da adoção de um bom sistema de antifraude, pode ser a diferença entre uma promoção de vendas aparentemente bem-sucedida e um foco de ação de criminosos. Volumes de vendas muito acima do previsto, por exemplo, devem sempre ser checados junto ao provedor de segurança e e-commerce”, conclui Tom Canabarro, que fundou a Konduto e hoje é Diretor de Soluções Antifraude da Boa Vista, que adquiriu a empresa especializada em 2021.

Sobre Boa Vista

A Boa Vista, empresa brasileira de inteligência analítica, foi criada em 2010 a partir do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), o primeiro banco de dados do país, consolidando-se como referência no apoio à tomada de decisão em todas as fases do ciclo de negócio.

É precursora do Cadastro Positivo e no propósito de incluir consumidores no mercado de crédito, apoiando-os na construção de um relacionamento sustentável com as empresas credoras, por meio da disponibilização de informações de educação financeira e serviços gratuitos em seus canais oficiais como o site www.consumidorpositivo.com.br e o app Boa Vista Consumidor Positivo.

A empresa tem por princípio a segurança e a privacidade dos dados e suas soluções estão 100% em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), tendo sido reconhecida como a primeira do segmento financeiro e de gestão de bancos de dados a obter a certificação ISO 27701, norma internacional referente à segurança e privacidade da informação.

Em 2020, a Boa Vista tornou-se a primeira empresa de capital aberto em seu segmento, dando início à uma estratégia de crescimento por meio de aquisições de empresas com as mesmas características na aplicação de inteligência analítica às suas soluções, como a Acordo Certo – especialista em recuperação de crédito – e a Konduto, autoridade em antifraude para e-commerce e pagamentos digitais. Em 2021, também de forma pioneira, lançou o CEA (Centro de Excelência em Analytics), levando a empresa para a fronteira do conhecimento no desenvolvimento de algoritmos de alta performance.

 

 

Fonte Ascom

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