Em 2021, quase duas mil pessoas foram resgatadas de locais onde as condições de trabalho eram análogas à escravidão.
Essa semana aconteceu a maior ação de resgate dos últimos anos. Equipes de combate ao trabalho escravo estiveram em atividade em vários lugares do país. Em Minas Gerais, auditores fiscais encontraram mais de 270 pessoas trabalhando em situação degradante.
O Fantástico acompanhou uma operação no estado, em uma fazenda de cana-de-açúcar.
A equipe, coordenada pelo auditor Humberto Camasmie, fiscalizou três fazendas arrendadas pela usina WD Agroindustrial. No local, não havia espaço adequado para refeições. A água era pouca, e todos os trabalhadores bebiam no mesmo garrafão sujo.
A fiscalização encontrou 26 infrações trabalhistas. Há irregularidades em todos os alojamentos, que estão espalhados pelos municípios da região.
O quarto dos trabalhadores não tinha o básico para se viver. Não havia cama ou móveis — as pessoas tinham que pendurar suas roupas em pregos ou guardá-las em sacolas.
“A gente recebeu a notícia que tinha uma oportunidade de emprego aqui. Aí a gente resolveu vir para cá́. Chegamos aqui, não era o que a gente esperava”, explica o trabalhador Cássio Jesus de Souza.
As vítimas do trabalho escravo no Brasil têm um perfil definido: quase metade delas são nascidas no Nordeste e pelo menos 80% dos resgatados se declaram pardos ou pretos.
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Fonte G1
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