"Só o governador vai poder decidir a questão do Horto Florestal", afirma Professor Cleiton Queiroz

Como já foi informado anteriormente pelo Conectado News, o governo do estado pretende doar uma área do Horto Florestal que pertence à Universidade Estadual de Feira de Santana, para o Tribunal de Justiça do Estado. O horto está numa área de preservação ambiental. 

O coordenador do Horto, professor Cleiton Queiroz, lamenta que a área seja doada, já que para construir qualquer estrutura, será preciso derrubar árvores e consequentemente acabar com várias especias preservadas. Relembre aqui

https://www.conectadonews.com.br/noticia/4321/uefs-tem-area-do-horto-florestal-cedida-para-o-tribunal-de-justica

“Infelizmente é uma situação bem complexas. Nós temos no local, que já foi cedido inclusive no ano passado, publicado em diário oficial, nós temos diversos experimentos, temos árvores nativas e que vai inviabilizar muitos experimentos de estudantes de mestrado, graduação e doutorado. Esse espaço foi cedido sem a concordância da universidade e infelizmente nós estamos aí na luta para tentar reverter esse situação. Mas infelizmente também, só o governador vai poder decidir isso aí, porque já foi publicado no Diário Oficial”, informou o professor. 

Cleiton informou também, que em 2020 foi feito um levantamento por parte do governo para escolher uma área para a implantação do Tribunal de Justiça, sendo apresentados o horto e o Hospital Colônia Lopes Rodrigues, no entanto, nenhum dos dois foi aprovado, mas mesmo assim, a cessão do Horto aconteceu, espaço esse que já realiza pesquisas há 22 anos.

Veja mais https://www.conectadonews.com.br/noticia/4392/lnao-e-assim-chegando-na-cidade-e-desmatando-existe-uma-secretaria-de-meio-ambienter-afirma-camilo-cerqueira

“Nós temos aqui árvores que foram plantadas em conjunto com o milênio, um projeto implantado. Nós temos espécies de Pau Brasil, temos espécies de diversas plantas medicinais. É um estudo em diversas áreas, como botânica, genética, produtos naturais, cultivo de células, enfim, é uma gama de experimentos que  infelizmente vai ser inviabilizado com a cessão de 8 mil metros quadrados do horto”, afirmou Cleiton, que disse entender a situação do TJ, mas que o ideal é procurem outra área que não esteja em uso, já que o Horto realiza pesquisas há 22 anos. 

Outra professores também se pronunciaram e lamentaram o fato de se perder uma área tão importante para pesquisas universitárias.

Reportagem Edvaldo Peixoto e Danilo Abravanel