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Feira de Santana João Martins

João Martins destaca criação de nova classe média rural e inauguração de centro de capacitação em Feira de Santana

Segundo Martins, quando assumiu a presidência da CNA há quase dez anos, o setor ainda carregava um conceito ultrapassado de que a formação no campo deveria se restringir ao “pasto ou curral”

26/09/2025 10h40
Por: Mayara Naylanne
FOto: Onildo Rodrigues
FOto: Onildo Rodrigues

Durante a inauguração do novo Centro Nacional de Formação Profissional Rural, nesta sexta-feira (26), em Feira de Santana, o presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), João Martins, fez um discurso emocionado ao relembrar sua trajetória à frente da instituição e os avanços na capacitação de produtores rurais em todo o país.

Segundo Martins, quando assumiu a presidência da CNA há quase dez anos, o setor ainda carregava um conceito ultrapassado de que a formação no campo deveria se restringir ao "pasto ou curral". Com o avanço da tecnologia e das exigências do mercado, ele viu a necessidade de reformular completamente essa abordagem.

“Na época, a ideia era de que o treinamento tinha que ser no campo, sem estrutura. Mas o agro brasileiro já estava se modernizando, e não podíamos mais tratar quem opera uma máquina agrícola ou quem faz inseminação como alguém de segunda classe. Eles precisam de capacitação de alto nível”, afirmou.

Centros modernos para uma agropecuária moderna

O novo centro inaugurado em Feira segue a linha de outros espaços construídos durante sua gestão, como os centros de fruticultura em Juazeiro (BA), pecuária de corte em Mato Grosso do Sul, café em Varginha (MG) e cana-de-açúcar em São Paulo. O objetivo, segundo Martins, é criar uma rede nacional de formação técnica com foco em tecnologia, inovação e inclusão produtiva.“Não é centro de luxo. É centro moderno, com tecnologia de ponta, onde formamos profissionais capazes de tocar essa agropecuária atual. Precisamos olhar para frente, não pelo espelho retrovisor”, ressaltou.

João Martins também destacou o cumprimento de uma promessa feita em seu discurso de posse, há oito anos: formar uma nova classe média rural. Na época, um levantamento da Fundação Getúlio Vargas apontava que menos de 300 mil produtores rurais concentravam 86% da riqueza do agro brasileiro.

“Isso era inaceitável. Meu compromisso foi criar uma nova classe rural de 400 a 450 mil pessoas, com acesso ao conhecimento e à tecnologia. Hoje, posso dizer que ultrapassei essa meta. Já temos mais de 450 mil produtores inseridos nessa nova realidade, ganhando dinheiro, vivendo com dignidade e ajudando a movimentar a economia do campo”, afirmou.

O presidente encerra seu mandato em dezembro e afirma sair com a sensação de dever cumprido."Capacitação e acesso à tecnologia são os caminhos para o progresso no campo. E esse centro aqui em Feira de Santana é mais um passo importante nessa direção”, concluiu.

Com informações: Onildo Rodrigues

Por: Mayara Nailanne 

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