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Congresso Nacional de volta aos tempos da motosserra

Por Hely Beltrão

18/09/2025 06h50 Atualizada há 2 horas
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
 Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Esta semana temos acompanhado com revolta a canalhice da Câmara dos Deputados, que aprovou a chamada PEC (Proposta de Emenda a Constituição) da "Blindagem". Foram 353 votos a favor e 134 contra. Segundo o texto da PEC, antes de processar um parlamentar, o STF (Supremo Tribunal Federal) deverá pedir autorização à Câmara e ao Senado.

A canalhice maior, está na tentativa de enganar o povo, estabelecendo votação secreta, para que nós não saibamos qual foi o bandido que votou para proteger o outro. O destaque referente ao voto secreto tinha sido derrubado, mas logo foi reestabelecido, com uma desculpa canalha do relator da proposta, o senhor Claudio Cajado (PP-BA), envergonhando a nossa Bahia, que os deputados estavam dormindo na primeira votação.

Bandido protege bandido. Sempre foi assim. Voltaremos aos tempos da motosserra. Quem tem mais de 30 anos, com certeza lembrará do caso do ex-deputado Hildebrando Pascoal, que segundo investigações da época, foi acusado de liderar um grupo de extermínio, integrar esquema de crime organizado para tráfico de drogas e roubo de cargas. Condenado por tráfico, tentativa de homicídio e corrupção eleitoral. O ex-deputado, segundo a polícia, esquartejava seus inimigos com uma motosserra.

Sob a proteção desta lei que estava em vigor na época do mandato deste deputado, ou seja, entre 1998 a 2002, o Congresso, mesmo com todos os crimes comprovados, não fez nada, além de caçar o mandato do deputado, fazendo com que seus crimes fossem julgados na primeira instância, dando a possibilidade deste ser preso apenas quando o caso chegasse ao STF, que poderia condená-lo mais rapidamente por conta do Foro por Prerrogativa de Função, ou como todos conhecem, "Foro Privilegiado".

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, o senador baiano Otto Alencar (PSD-BA), garantiu que lá o projeto não passa e esperamos que assim seja. 

Apesar da revolta, temos de fazer uma "mea culpa", afinal, quem elegeu essa bandidagem fomos nós, através do voto, portanto, em 2026, não vote em alguém por ser amigo, troca de favores ou cargos, mas naqueles que estão preocupados de fato em melhorar nossas vidas, em legislar a favor das pessoas. Vote corretamente, pois errar uma vez é humano, mas, duas vezes, é burrice.

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