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Bahia Paralisação

Médicos de 5 grandes hospitais baianos anunciam paralisação das atividades

Cleriston Andrade em Feira de Santana não será afetado

27/07/2025 15h03
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Foto: Ruan Melo/G1 Bahia
Foto: Ruan Melo/G1 Bahia

Fonte: Correio da Bahia

O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) anunciou uma greve dos médicos que atuam em cinco hospitais estaduais. A paralisação está prevista para começar a partir das 0h da próxima quinta-feira (31). A greve, anunciada no sábado (26), foi definida em assembleia convocada pelo Sindimed-BA, na noite de 24 de julho, em apoio aos médicos que estão sendo demitidos dos vínculos celetistas com Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).

"Diante da frustração nas negociações com o Governo do Estado, foi deliberado, por unanimidade, que haverá, nas aludidas unidades, restrição de atendimentos das fichas verdes e azuis, bem como dos procedimentos eletivos. As comunicações estão sendo feitas dentro do prazo estabelecido no ordenamento jurídico", diz nota oficial.

 
 
 
 
 
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A revolta tem relação com a proposta de mudança de vínculo de trabalho dos profissionais. Cerca de 500 médicos que atendem nas unidades de saúde vão perder seus contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) até o dia 31 deste mês, após o fim do contrato com o INTS.

O contrato firmado entre a pasta estadual e o INTS possui oito anos. Cerca de 500 médicos atuam nos cinco hospitais como CLT, mas, com o fim do acordo, o governo do estado não ofereceu o mesmo vínculo de trabalho aos profissionais. Eles, agora, estão sujeitos à contratação via PJ, que não oferece benefícios como 13º salário e licença-maternidade, por exemplo.

O fim do contrato entre Sesab e INTS impacta os contratos de médicos das seguintes unidades de saúde: Hospital Geral do Estado (HGE), Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), Maternidade Albert Sabin (MAS), Maternidade Tsylla Balbino (MTB) e no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS). Eles são de alta complexidade, recebem pacientes de todo o estado e realizam, juntos, mais de 82 mil atendimentos por ano. O HGRS é, inclusive, o maior hospital público das regiões Norte e Nordeste.

Em nota enviada em meados de julho, quando os médicos ameaçaram suspender os atendimentos, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), disse que a medida foi comunicada com antecedência aos hospitais e será acompanhada de um processo escalonado. Segundo a pasta, não haverá "qualquer prejuízo à assistência nas unidades". A secretaria foi procurada novamente após o anúncio oficial da greve, mas não houve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto. 

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