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Feira de Santana Seminário

Feira de Santana discute expansão e desafios do Minha Casa Minha Vida em seminário com autoridades nacionais

Na ocasião, Zé Neto destacou a relevância de Feira de Santana no cenário nacional do MCMV

04/07/2025 10h08 Atualizada há 2 semanas
Por: Mayara Naylanne
Foto: Onildo Rodrigues
Foto: Onildo Rodrigues

Durante seminário realizado em Feira de Santana nesta quinta-feira (4), lideranças políticas, representantes de entidades civis e forças de segurança discutiram a expansão do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), especialmente na modalidade rural, além dos desafios enfrentados pelos conjuntos habitacionais já implantados no município. O evento contou com a presença do deputado federal Zé Neto (PT), da superintendente nacional da Caixa Econômica Federal, Noemi Pessanha, do secretário nacional de Habitação, Augusto Rabelo, e de representantes do Governo do Estado, como a CEDUR e a Casa Civil.

Na ocasião, Zé Neto destacou a relevância de Feira de Santana no cenário nacional do MCMV. Segundo ele, a cidade já ultrapassa 70 mil unidades contratadas nas três fases do programa, sendo referência em articulação entre movimentos sociais, setor de engenharia, Caixa Econômica Federal e apoio político. “Estamos chegando a quase 30 mil novas contratações. Isso é fruto de um trabalho articulado, que busca garantir resultados concretos para a população, especialmente agora com foco também na área rural, onde Feira ainda precisa avançar”, pontuou o parlamentar.

Foto: Onildo Rodrigues 

O seminário serviu como espaço de integração entre União, Estado, município e entidades comunitárias, buscando impulsionar políticas habitacionais que garantam moradia digna com infraestrutura, transporte, educação, segurança e desenvolvimento social. “Não basta apenas entregar a casa. É preciso assegurar condições reais de dignidade às famílias. Precisamos de creches, escolas, postos de saúde, e principalmente segurança”, frisou Zé Neto.

Entre as novidades do programa, o deputado destacou mudanças importantes na modalidade urbana, como a limitação de condomínios a no máximo 200 unidades, exigência de infraestrutura garantida antes da entrega dos empreendimentos, e integração dos entes federativos para viabilizar contrapartidas financeiras e operacionais. “Os grandes condomínios, com mais de 500, 600 unidades, mostraram problemas sociais sérios. A ideia agora é construir com planejamento, serviços públicos adequados e integração social”, explicou.

Representando a entidade Habitar do Sertão, responsável pela construção de 996 casas em Feira de Santana e Alagoinhas, Vilobaldo Lima Gonçalves ressaltou o papel social da instituição. “Nosso trabalho vai além da construção. Nós realizamos sonhos. Avaliamos onde há creche, posto de saúde, transporte coletivo, e onde não tem, buscamos junto ao poder público. Casa sem estrutura vira abandono, insegurança, aluguel ou venda. Queremos que o beneficiário tenha prazer em morar”, afirmou.

Vilobaldo ainda destacou as melhorias nas novas unidades: aumento da metragem, inclusão de varanda, grades para maior segurança e fiscalização rigorosa de materiais e da execução da obra por engenheiros da entidade. “As mudanças só fortalecem o programa e tornam as moradias mais seguras e dignas”, completou.

Foto: Onildo Rodrigues 

Também presente ao evento, o major Muller, da Polícia Militar da Bahia, apresentou um diagnóstico detalhado sobre a situação de segurança nos conjuntos do MCMV em Feira. “Temos mapeamento completo das unidades habitacionais. Sabemos onde estão os maiores problemas e atuamos constantemente. Só na Mangabeira, reduzimos em 80% os homicídios no comparativo com o ano anterior, graças à presença e às ações da PM”, relatou.

O major reconheceu, no entanto, que problemas estruturais persistem, como casas abandonadas, sem portas ou janelas, muitas vezes ocupadas por grupos criminosos. “O conjunto Sol Nascente, na Conceição, é hoje um dos mais críticos. Temos monitoramento constante, mas não temos competência para desocupação ou regularização. Isso é atribuição de outros órgãos. Nosso papel é conter e prevenir o avanço do crime”, concluiu.

Por fim, o oficial anunciou que está prevista a criação do 25º Batalhão da Polícia Militar em Feira, com instalação prevista nas proximidades da Lagoa Grande, e que bairros como Mangabeira e Conceição terão atenção especial. A iniciativa integra o programa estadual Bahia pela Paz, que busca integrar ações de segurança, assistência social e desenvolvimento urbano em áreas vulneráveis.

Com informações: Onildo Rodrigues 

Por: Mayara Nailanne 

 

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