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Feira de Santana bebês reborns

A febre dos bebês reborns e o que eles revelam sobre a saúde emocional das mulheres

A psicóloga Sileuza Rocha, mestre em Processos Psicológicos Interativos, explica que a busca pelos reborns pode ter diversas origens

26/05/2025 08h15
Por: Mayara Naylanne
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Com textura realista, cabelos implantados fio a fio, peso de recém-nascido e até cheirinho de bebê, os bonecos reborn deixaram de ser apenas itens de colecionadores e se tornaram objeto de desejo de muitas mulheres. Mas o que motiva essa relação?

A psicóloga Sileuza Rocha, mestre em Processos Psicológicos Interativos, explica que a busca pelos reborns pode ter diversas origens: “Algumas mulheres enfrentam luto, perdas gestacionais, infertilidade ou solidão. Outras enxergam um viés social ou econômico, criando comunidades online ou vendendo os bonecos.”

Foto: Carlos Valadares

Segundo ela, há um aspecto terapêutico na prática, desde que dentro de certos limites. “Quando a mulher vê o reborn como um objeto transicional para ressignificar uma perda, isso pode ser saudável. A preocupação surge quando ela passa a tratá-lo como um bebê real, o que pode indicar fuga da realidade ou dependência emocional.”

Sileuza visitou unidades de saúde em Feira de Santana e constatou que, por enquanto, os reborns não aparecem como uma demanda significativa. “A maioria das mulheres enfrenta desafios concretos com filhos reais, adoecimentos e dificuldades socioeconômicas.”

Embora a febre dos reborns esteja crescendo, ainda não há regulamentação que reconheça seu uso terapêutico. Para a psicóloga, entender o papel que o boneco ocupa na vida da mulher é essencial: “O limite que ela impõe à relação com o reborn define se estamos diante de um hobby, um alívio emocional ou um possível sinal de adoecimento.”

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