Por Luiz Santos e Hely Beltrão
Em entrevista concedida ao Conectado News neste quarto dia de Carnaval, o secretário Estadual de Justiça e Direitos Humanos, o feirense Felipe Freitas, fez um balanço positivo do trabalho realizado por sua pasta. Segundo ele, é um Carnaval de paz, mas temas relacionados ao bem estar das crianças e adolescentes ainda preocupam.
"A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos possui três postos no circuito da festa, um no Campo Grande, outro no Barra/Ondina e na Estação da Lapa, são mais de 200 profissionais e 20 instituições envolvidas nesse trabalho, o balanço até aqui no plantão integrado da pasta de Direitos Humanos, é um Carnaval de paz, alguns temas seguem nos preocupando, o tema das crianças e adolescentes da festa, tanto crianças em situação de trabalho infantil quanto situações de crianças sendo exploradas, por isso este é assunto que queremos cada vez mais aprimorar esse trabalho, tivemos mais de 147 ocorrências das mais variadas relações de direito, existe o problema da acessibilidade para pessoas com deficiência na festa, notificamos alguns camarotes do circuito por conta de não respeitarem a lei brasileira de inclusão e não garantirem a acessibilidade para pessoas com deficiência, cadeirantes, estamos em diálogo com esses camarotes para ver se ainda neste domingo (2) conseguem reparar esse tipo de violação de direitos e garantir melhores condições de circulação para as pessoas com deficiência no espaço da festa. Outro tema que estamos muito atentos é o dos trabalhadores na festa, cordeiros, ambulantes e catadores, hoje pela manhã estive com o governador visitando uma das 11 centrais de catadores e catadoras de material reciclável que temos instalado no circuito da festa, é muito importante, por um lado ver os avanços, pessoal comemorando a distribuição da alimentação, espaço de acolhimento que funciona em Ondina, sobretudo as mulheres, para que possam descansar, tenha acesso a banho, alimentação, atendimento psicológico por conta desse período também estressante que essas pessoas ficam aqui, mas também continuar observando o desafio de envolver as empresas, sobretudo as grandes que lucram com a festa, como as grandes cervejarias, empresas nacionais que investem aqui precisam colaborar mais com os trabalhadores, queremos debater isso para o Carnaval do próximo ano".
Espaço para crianças
"A festa tem que ser um espaço para criança também, no Campo Grande, temos espaço específicos para criança, mas sabemos que durante a noite, em meio a multidão, o risco de uma criança se perder dos pais e ser vítima de algum tipo de violência é maior, por isso, devemos ter mais atenção a essa situação de crianças e adolescentes, a Prefeitura de Salvador oferece uma parceria com Ministério Público e Secretaria de Justiça, sete espaços para acolher filhos de trabalhador, são 470 crianças que estão acolhidas e protegidas em espaços municipais durante a festa, mas isso é insuficiente, vamos trabalhar sempre para ampliar esse número, sabemos que muitos pais trazem os filhos para a festa não por querer, mas porque precisam trabalhar e não tem com quem deixar, por isso não podemos só acusar os pais, temos que estender a mão e ser solidários, esse é o trabalho que temos feito".
Canais de Denúncias
"Existe no circuito três postos fixos, 200 profissionais espalhados com a campanha “Respeite o nosso direito”, as pessoas podem acessar e podem ligar para o Disque 100, a denúncia vai ser rapidamente destinada para nós, qualquer pessoa pode ligar, e entramos no circuito", concluiu.
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