O economista, doutor pela Unicamp e especialista em consultoria para o setor público, analisou as razões por trás do aumento no preço do café, que impacta diretamente o bolso dos brasileiros. O valor de um pacote de café, que costumava custar cerca de R$ 5, hoje pode ultrapassar R$ 10 e, em algumas marcas premium, chega a R$ 20.
De acordo com o especialista, a alta está ligada a fatores como o aumento da demanda por cafés especiais e a especialização da produção nacional. “O Brasil, um dos maiores produtores mundiais de café, vem investindo na qualidade para competir com países como a Colômbia. Hoje, já produzimos grãos considerados melhores que os colombianos em muitos casos, graças à escala e ao aprimoramento do cultivo”, explicou.
No entanto, ele destacou que o café consumido no dia a dia dos brasileiros, conhecido como café robusta, costuma ter qualidade inferior, principalmente devido ao processo de colheita e torrefação. “Muitas vezes, na produção em larga escala, o café é torrado com impurezas como galhos e folhas, o que compromete o sabor. Não é só café puro. Isso explica a percepção de que nosso café é mais agressivo ao paladar”, acrescentou.
Sobre a possibilidade de queda nos preços, o economista foi cauteloso. Segundo ele, tudo depende da disponibilidade do produto no mercado e de condições como oferta e demanda. “Se houver uma produção maior e a demanda estabilizar, os preços podem cair. Mas, se as condições atuais persistirem, é provável que os valores se mantenham altos”, concluiu.
Enquanto isso, o consumidor segue buscando alternativas para manter o hábito do cafezinho, tão presente na cultura brasileira.
Com informações: Manu Pilger
Por:Mayara Nailanne
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