Por Hely Beltrão
O julgamento dos policiais militares acusados de assassinar o jovem Marcelo Felipe Guerra dos Santos Rocha, (Marcelinho), 18 anos, após, segundo a versão da polícia, este fugir de uma blitz na Avenida Presidente Dutra e deflagrar tiros contra os policiais, no dia 1º de abril de 2022, que estava marcado para esta segunda (11), foi adiado para 14 abril de 2025.
Em abril de 2023, a Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público contra dois policiais militares acusados de matar Marcelinho. Quatro promotores assinaram a denúncia de homicídio em desfavor dos policiais envolvidos na ação. Segundo a acusação, no dia 1º de abril de 2022, os agentes perseguiram o carro dirigido por Marcelo e ao emparelharem as motos que pilotavam, deram vários tiros na direção do rapaz, sendo que três o atingiram, um dos quais atravessou o corpo e saiu do outro lado. Ferido gravemente e perdendo muito sangue, Marcelinho encostou o carro no meio fio, deitou de bruços no chão da avenida Presidente Dutra, falecendo no local. Marcelo não tinha habilitação para dirigir e por esta razão tentou escapar da blitz. Ainda segundo o MP, ele não mostrou qualquer tipo de reação ou ameaça, o que não justifica a ação violenta dos policiais, sendo assim denunciados por homicídio qualificado.
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Os laudos demonstraram que o carro foi atingido no capô, teto, porta-malas, porta traseira e encosto do banco traseiro do motorista, indicando a intensidade do tiroteio praticado pelos policiais contra a vítima desarmada.
Na época dos fatos, a mãe da vítima, Daniela Guerra, pediu Justiça.
“Eu era a mulher mais feliz do mundo porque tinha minha família completa, mas há um ano, quando o dia mal chegou, perdi meu filho da forma mais dolorosa possível, com essa execução. Marcelinho era um empreendedor nato e, durante os 18 anos que aqui viveu, sempre teve conduta honrada e nunca fez nada que o desabonasse. Hoje, sou apenas um corpo que respira, mas sigo transformando meu luto em luta. Parabenizo a atuação dos promotores e espero que a Justiça seja feita".
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Em áudio enviado ao Conectado News nesta segunda (11), antes do julgamento, a senhora Daniela Guerra tinha grandes expectativas para um desfecho do caso. "A mentira coincidentemente contada no dia 1º de abril de 2022, terá um desfecho e todos verão que Deus é um justo juiz. Tenho certeza que aquela oração com o rosto molhado, joelho dobrado, onde o sangue inocente do meu filho foi derramado, chegou ao trono dos céus, e eles estarão sentados no banco dos réus, é só o começo".
Após receber a notícia de que a audiência foi adiada, a mãe rompeu em prantos, em um vídeo gravado dentro do Fórum Filinto Bastos, relembrou todo o sofrimento que tem passado em sua luta por justiça.
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