Feirenses mostram desinteresse pelo 7 de Setembro

Na quinta (7), comemora-se os 201 anos da da independência do Brasil, e como já é tradição em Feira de Santana, todos os anos, acontece um desfile cívico militar na Avenida Presidente Dutra, que envolvem forças de segurança e entidades civis.

O Conectado News foi às ruas de Feira de Santana para saber como está o clima para a comemoração do 7 de setembro, sendo que a maioria não demonstrou tanto interesse pela data.

É o caso da dona de casa Nelita Silva, que considera o feriado muito importante, mas que parou de frequentar o desfile, por que segundo ela, o evento não é mais tão atrativo quanto no passado. Nelita disse ainda que o evento é bastante necessário e um momento muito bonito, mas, perdeu o interesse. 

"Antigamente era um evento muito maior em quantidade de pessoas que desfilavam e em repercussão também. Acredito que perdemos mais a cultura de acompanhar o desfile, que sempre foi o ápice do 07 de Setembro", disse.

Já a vendedora de frutas e verduras, Aguinela Pereira, lembra que no mês de Setembro também é comemorado o dia dos Santos Cosme e Damião, sendo comum que alguns devotos dos santos realizem oferendas juntamente com a comemoração da independência. Dia 27 de Setembro é o dia dedicado aos Santos, mas durante todo o mês de Setembro ocorrem festividades relacionadas aos irmãos.

"É uma prática que antes era mais forte, mas que ainda existe. Juntar o 07 de Setembro com o mês dedicado aos irmãos sempre foi uma ação muito bonita e de cultura importante, com a realização do Caruru de sete meninos, distribuição de doces e poder acompanhar, ao mesmo tempo, o desfile do dia sete", relatou.

Para alguns jovens a a comemoração da Independência do Brasil parece algo distante, a exemplo do autônomo Hugo Amorim. Segundo ele, a data poderia ser mais divulgada, aumentando assim a repercussão dos tradicionais desfiles e outros eventos relacionados, não somente no dia sete, mas em todo o mês de Setembro. Hugo revela que nunca teve interesse em frequentar o desfile, por não se sentir atraído pelo evento, mas que o considera muito importante.

"O assunto deveria ser mais abordado, não somente nas escolas, mas, nas faculdades, redes sociais e locais públicos, de uma forma mais criativa pelas autoridades públicas para conseguir mais engajamento sobre o assunto", opinou.