Em entrevista concedida ao Programa Política & Prosa, apresentado por Deibson Cavalcanti e Murilo Ramon na quarta (19), o ex-deputado Targino Machado lamentou o envolvimento do seu filho, o prefeito de São Gonçalo dos Campos, Tarcísio Pedreira (Solidariedade) em polêmicas, sendo o caso da ameaça a uma senhora de 70 anos e sua filha, noticiado com exclusividade pelo Conectado News, onde Targino diz ter ficado bastante decepcionado, uma vez que a senhora envolvida no caso é sua amiga.
"Eu quero deixar essas polêmicas de São Gonçalo dos Campos para depois do dia 28 de julho, aniversário de emancipação política da minha terra, e escolher um programa em uma rádio do município e conversar com o povo de lá, estamos precisando de um canal com uma sintonia mais fina. Abomino todo tipo de violência, seja física ou verbal, existe um ditado popular que diz: “filho só puxa pai quando o pai é cego”, eu preferia ser cego e que o meu filho tivesse puxado a mim, ele xingar Rui Costa e Lula (PT), isso posso tolerar, mas o que ele fez com a minha amiga, amiga que tem um respeito da família que é a pastora Erotildes, que tem a minha idade, 70 anos, que por várias vezes perfilei os filhos, e ela fazendo a oração, pedindo a Deus para abençoar e entronizar a luz na convivência deles, ver ele fazer aquilo, me doeu muito, pedi e peço desculpas a Erotildes todos os dias, ela não é Irmã Dulce, mas vive na humildade, na penúria econômica e financeira dividindo tudo que tem com os outros", disse.
Targino afirmou que não participará de forma alguma das eleições para prefeito em São Gonçalo dos Campos. Ele relata a ajuda que deu a seu filho para ganhar a eleição, e após o resultado, sequer foi chamado para a diplomação, sendo o ano de 2020, a última vez quem que conversaram.
"Quero dizer a todos que não existe ex-pai e não existe para o pai, ex-filho, é muito mais fácil existir ex-pai para o filho do que o contrário, gosto muito dos adágios populares e tem um que diz assim: “Um pai é para 100 filhos, mas 100 filhos não para um pai”. O prefeito de São Gonçalo dos Campos é meu segundo filho, eu o amo muito, mas não sou sócio ou cúmplice dos erros de ninguém, como um homem público que sou, não posso me furtar a responder as perguntas, por mais que elas me doam no coração, eu quero dizer a todos que é uma dor muito doída que se passa em meu coração. Em 2021, pedi muito a Deus que não me permitisse mais chorar por causa de algumas mazelas dessa ordem, e Deus me fez alcançar esse momento, mas o que Deus não pôde fazer foi tirar do meu coração, da minha cabeça e alma a dor, mas eu vivia chorando pelos cantos, não mais chorei e agradeço a Deus por isso".
"A minha participação no governo municipal de São Gonçalo dos Campos é zero, se zero é pouco, imagine menos do que zero. Quando me perguntam se vou marchar, eu nem me alistei no Exército, como vou marchar? Eu marchei, muitos dizem que a eleição se deveu a mim, eu não penso isso, a eleição se deveu à vontade popular, o que ocorre é que tinha pesquisas e vi que 40 dias antes da eleição, o candidato Argolinha ganhava a eleição com quatro mil votos, eu recebi meu filho Tarcísio em minha casa que me fez um apelo: “ o senhor vai me deixar perder a eleição para Argolinha? Isso já era quase 1 da manhã, porque ele saiu de uma reunião em Mercês, me ligou perguntando: Posso ir aí pai? Eu respondi: pode sim. Nessa época ele morava em Feira e veio à minha casa. Ele pediu que eu fizesse algumas articulações, inclusive que fosse buscar Carlos de Germano, porque ele mandou alguns emissários até Carlos Germano mandou dizer que não queria conversa com ele. “Com o pai dele eu converso, porque o pai dele é homem, mas com ele não”, quem me disse isso foi Dr. Tarcísio no sofá da minha casa. Nisso, eu parti para cima, estava um dia fazendo uma reunião lá no Campo do Gado, esse telefone tocou e era o irmão de Carlos Germano, quando terminei de falar, vim encontrar com ele, ali iniciei o papo e mudamos o panorama político trazendo de vez quatro vereadores. Tinha uma queixa de Joca, que sentou comigo e almoçou duas vezes e na hora ele estava com razão que na hora disse: “Eu não vou, é duro dizer isso ao Sr. que é pai, mas eu confio no Sr. mas não confio nele”. E não veio, e até tentou tirar os vereadores que eu estava trazendo, não conseguiu porque ele quis trabalhar de manhã e eu trabalhei na madrugada, e ganhamos a eleição com quase 3 mil votos de quem iria perder com 4 mil. Ele é prefeito pela vontade e permissão divina e pela vontade do povo que o elegeu, não fui eu, não pedi nada, não fui convidado para a diplomação, posse, a última vez que meu filho falou comigo foi no natal de 2020, ano da eleição", concluiu.
Reportagem: Hely Beltrão
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