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Educação Municipalização

Estudantes protestam contra municipalização de escolas

Protesto ocorreu nesta segunda (14)

14/03/2022 17h15 Atualizada há 3 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Foto: Maylla Nunes
Foto: Maylla Nunes

O processo de municipalização de algumas escolas da rede estadual no município de Feira de Santana, tem gerado protestos por parte dos alunos. Estas mudanças atendem a uma lei federal, o artigo 11º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação ─ LDB, LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 , diz basicamente, que o ensino fundamental é de competência do governo municipal. Em Feira de Santana, serão municipalizadas, 6 escolas ao todo.

A Escola Estadual Agostinho Froes da Mota atende ao ensino de jovens e adultos (EJA),  Tempo de Aprender, CPA, entre outros. A estudante Kell Lopes, em entrevista ao Conectado News, reclama de prejuízo nos estudos, pela distância a percorrer para  outra escola onde foi remanejada, e também porque as outras escolas não recebem alunos adultos  em outros turnos só à noite:

"Nossa reivindicação é para não municipalizar a nossa escola, porque é uma escola especializada para jovens e adultos e fazendo essa municipalização nós vamos ter muito prejuízo porque é a única escola que aceita adultos nos  três turnos e outros cursos também. Sendo assim nós estamos sendo prejudicados por essa atitude que eles estão tomando, o que queremos é que eles deixem a escola conosco, nós não somos contra a municipalização, mas essa escola é muito especial por atender todas as necessidades dos estudantes de lá e também por eles terem nos colocado em lugares muito distantes em especial as pessoas dos distritos, que têm dificuldade de deslocamento para chegar até essas escolas que nos enviaram. Não podemos esquecer das pessoas especiais que já estão acostumadas com essa escola, um lugar  bem localizado, e isso dificultou a vida dessas pessoas, estamos sendo prejudicados.  A escola atende alunos nos três turnos. Eu por exemplo não tenho condições de estudar a noite, ela que me proporciona esse horário, porque nas outras escolas não oferecem", reiterou.

José das Virgens, líder comunitário, disse ao Conectado News, que já tentaram dialogar com o setor responsável, mas que não foram atendidos e lamenta a situação dos estudantes ,"lamentável mesmo, nós fomos solicitados pelo corpo de estudantes do Agostinho para prestar apoio nesse momento, tentamos um diálogo, com  a diretora Celinalva Paim Sobral Santos, alegaram que ela não estava presente, adentramos ao Núcleo Territorial de Educação (NTE) para conversar com a secretária dela, mas ela não quis nos atender e apenas deu um número de telefone para que a gente fosse ligando, e  se acontecesse dela estar aqui, tentar agendar com ela. É uma situação lamentável, como você está presenciando aqui, muitas mulheres que estão buscando neste momento terminar seus estudos através do EJA e do Tempo de Aprender e são moradoras de comunidades rurais que têm dificuldade de acessar e estão tendo essa oportunidade e essa municipalização vem tirar esse direito desses moradores da zona rural e de  outros bairros, ter a conclusão dos seus estudos", completou.  

Reportagem: Edvaldo Peixoto e Hely Beltrão

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