Esporte praticado desde a infância,queimada, baleado ou mata-mata,apesar das inúmeras denominações, tem se tornado cada vez mais popular e profissional.
O esporte consiste na competição entre duas equipes em que os jogadores tentam acertar os componentes com o arremesso da bola, o jogo finaliza quando todos os atletas de uma das equipes são "queimados''.
De acordo com o atleta, líder da equipe badboys e organizador de campeonatos de baleado em Feira de Santana, Marcos Carvalho, a luta é pelo reconhecimento da modalidade como esporte oficial. “Ainda não é um esporte que tem um nome reconhecido em todas as partes do país. Já temos uma federação que nos representa e a intenção é, além de dar mais visibilidade para o esporte, criar outras federações, para daí, partir para confederação e ser reconhecido nacionalmente como modalidade esportiva”, disse
A federação auxilia na organização dos times e das competições, além de prestar todo apoio aos jogadores.
Marcos que começou jogando ainda na infância, já chegou a organizar três torneios e relata como tudo se iniciou. “Eu comecei jogando na escola, durante as aulas de Educação Física. No Ensino Médio, eu me desliguei completamente porque eu não via mais ninguém jogando. Em 2017, um grupo de meninas estavam jogando em uma quadra próxima ao Shopping, até que foi juntando um grupo de pessoas, que foi ficando cada vez maior, algumas equipes foram surgindo e foram aparecendo os meninos, até formar o que somos hoje”, relatou
Reconhecimento
O deputado distrital Martins Machado, oficializou em Brasília o esporte em dezembro de 2020, pela lei 6.736. Mas o apoio do poder público ainda é muito escasso, afirma Marcos. “O apoio público é bem ausente, não temos uma quadra para o beleado em Feira de Santana. É um monopólio do futebol. A gente não tem vez. Muitas quadras não tem iluminação, não são cercadas”, conta.
Marcos completa. “Estamos trabalhando para profissionalizar, hoje temos algumas equipes praticando por vários estados do país. Não temos ainda uma bola oficial do baleado, a gente conseguiu adaptar com uma bola de handebol. Mas ela ainda não é uma bola oficial. Os fabricantes não veem o baleado como um esporte oficial”, lamentou.
Para concluir, Marcos relata que o maior sonho de todos os jogadores de baleado, é que o esporte se torne uma modalidade oficial e que possa disputar uma Olimpíada. “Muitas pessoas acreditam que o baleado se resume a uma brincadeira de rua. Mas quando nós jogadores, convidamos as pessoas, para assistir um treino, um amistoso, um campeonato, as pessoas começam a mudar o conceito”, finalizou Marcos.
Ouça a entrevista completa com o atleta Marcos Carvalho
Reportagem Onildo Rodrigues e Engledy Braga
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